quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Saudade


Houve um tempo, adolescente, que cada mês era mais que uma vitória. Receber o salário mensal era uma alegria. Comprar um cd, mês após mês. Ouvi-lo até decora-lo, gravar cada imagem de cada encarte. Como era bom comprar cd’s, lp’s, a Rock Brigade, MetalHead, MetalHead Tatto...

Quando eu ouvi rádio sempre sabia que logo, logo tocaria algum rock. Na época nem gostava muito de Legião, Paralamas, Engenheiros, pois eram bandas que tocavam direto, como a gente dizia. Hoje? Bem, digamos apenas que de fundo estou ouvindo “Blues da Piedade” de Cazuza e me indagando como pode haver tanta porcaria colorida nessas rádios...

Pergunto em sala de aula quem tem 10 cd’s originais e ninguém se acusa. Dvd então é raro demais...
Música hoje é no celular e deu... Passou, já era...

Saudade do meu tempo...

Não tô inspirado hoje...só quis desabafar mesmo....
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sábado, 15 de outubro de 2011

Feliz Dia dos Professores!!!


Sei que talvez não tenhamos motivos...bem, temos sim, apesar de tudo...E ontem, em sala de aula, instigado por uma pergunta de uma aluna: "Se tu não fosse professor, Wagner, o que tu seria?"....
Bem, pensei e produzi o pequeno texto abaixo...

Feliz DIA DOS PROFESSORES A TODOS MEUS COLEGAS DE PROFISSÃO!!!


Não sei se conseguiria seguir outra profissão além de ser professor. Palhaço ganha pouco e tem que se sujeitar a muitas mudanças. E eu também precisaria desenvolver meu lado comédia (embora muitos alunos digam que sou um bom palhaço...rsrsrs...outros me tratam como palhaço, infelizmente...).

Poderia ser político de profissão, vereador, quem sabe. Mas, ou aprenderia a mentir, ou ficaria mais desiludido por tentar dizer a verdade. Sem contar que não conseguiria dormir a noite. Ouvir tanta cobrança e não conseguir realizar meus projetos me deixaria louco.

Poderia ser radialista, quem sabe. Estudar um pouco mais e ser jornalista, repórter, porém, não serviria à mídia televisiva. Eu não conseguiria.

Promotor de eventos? Não sei, precisaria de uma equipe competente e muito responsável.

Dizem que eu teria muito sucesso se fundasse uma igreja. Mas também não me apraz.

Escritor? Taí, disso eu gosto. Bem, financeiramente não sei se teria sucesso...

Fotógrafo? Sim, acho que um pouco de treino e lapidação do olhar eu chegaria lá.

Todavia, acredito na minha escolha, na minha profissão. Ser professor me torna presente mesmo quando distante. Ou o que significam as boas conversas com os ex-alunos de anos atrás?

Em sala de aula sou radialista, sou palhaço, político, detetive, repórter, agente de viagens, ator, fotógrafo e escritor. É onde me completo, onde preciso e quero estar! 

Professor Wagner Fonseca, 14 de outubro de 2011
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segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Alegoria da caverna - trabalho escolar

Após discussão em sala de aula sobre a Alegoria da Caverna de Platão, meus alunos produziram os textos abaixo. SEmpre é bom incentivar o espírito crítico da gurizada. 

Turma do 2º ano do Ensino Médio da EEB. Ângelo Izé, Sanga do Engenho, Forquilhinha, SC





As nossas cavernas!

Todos nos vivemos em determinadas cavernas, vivendo muitas vezes presos nas mesmas, essas cavernas estão cada vez mais presentes  em nossas vidas, como exemplo temos a TV as  tecnologias,globalização etc,dizemos que estamos cada vez mais presos por que tem muita gente que nem sai de casa para trabalhar vivendo  em um mundo virtual,fazendo tudo pela internet, celular,e até para se relacionar .Mais nem sempre as cavernas são ruins por que sem a televisão as tecnologias,computador,internet as pessoas ficariam sem saber o que está acontecendo no mundo,não que isso seja o essencial mais é importante. As pessoas estão esquecendo de se divertir estão esquecendo do mundo lá  fora ,tudo o que vão fazer esta baseado ao computador ou na televisão,milhares de pessoas estão ligadas a mídia pois acham que dependem dela para se sentirem informadas.                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                
Sabrina Lourenço

Nossas Cavernas, Nossas Prisões!

A diferença entre conhecer a realidade e ver a sombra dela, é que a realidade mostra detalhadamente como as coisas são, já a sombra só mostra pequenas partes, somente o que podemos ver. E o fato é que hoje em dia as pessoas estão muito ligadas e de certa forma presas nessas cavernas, fazendo com que não vejam a realidade. A mídia faz com que as pessoas passem acreditar nas coisas que ela mostra, fazendo com que do mundo real elas passem a viver num mundo virtual. Por isso cada vez mais vemos pessoas que não saem de casa pra nada, muitas vezes nem para trabalhar, usam a informatização para isso. A internet acaba aproximando quem está longe, e afastando quem está perto.  O processo de informatização, a globalização, programas de televisão, rádio, celulares, são cavernas sem fronteiras que aprisionam e ofuscam a visão da maioria da população, são sombras e ilusões, sobre uma máscara apresentando-se e afiguram-se como realidade. E assim as maiores cavernas são por nós mesmos edificadas. Não restam muitos caminhos para nos desprender de nossas cavernas, pois hoje em dia elas estão em toda parte, e nem todas são ruins, elas também nos beneficiam e ajudam em muitas coisas. Mas podemos tentar nos desprender das que nos cegam e nos tornam pessoas dependentes delas, devemos aproveitar cada segundo como se fossem os últimos. Sorrir, conversar, abraçar, viver emoções, sentimentos, amizades verdadeiras é preciso. Porque o melhor da vida é feito fora de nossas cavernas. A estampa da vida é a felicidade de saber viver e desfrutar de coisas naturais, embora muitas vezes pequenas, são muito importantes, são o que nos faz bem.

Dainara Fernandes Pazini

Cavernas de nossas vidas

No texto “A Caverna de Platão e as nossas” ele fala sobre a realidade e suas sombras, que as pessoas hoje em dia vivem em uma cadeia de cavernas, e olham só a sombra da realidade. As pessoas depois de um dia de trabalho, chegam em casa e sentam na frente das televisões e computadores, as duas maiores cavernas em nossas vidas. Pois nelas vemos só a sombra da realidade do mundo, só vemos o que querem nos mostrar.
Podemos comparar as cavernas de Platão com as nossas, pois como a humanidade de antigamente a nossa também acha que tudo o que vê  nas televisões e computadores são reais, como as sombras numa parede escura. As pessoas em vez de acreditar em varias bobagens que nos mostram, devíamos sair da frente das televisões e computadores e ver a realidade do mundo fora de nossas casas,sair dessas cavernas que nos prendem cada vez mais.
Mas temos alguns caminhos para sair dessas cavernas, em  vez de aceitar tudo que nos mostram como realidade, devemos questionar, não aceitar que nos mostrem só as sombras da realidade do  nosso mundo . Podemos desligar as televisões e computadores e nós mesmos ir atrás de  ver a realidade como ela é.
Vamos pensar sobre isso, vamos acordar, a vida não é só viver em nossas cavernas, temos que tentar sair delas. Pensem nisso antes de ligar suas cavernas

Josué Trombim

As cavernas de nossas vidas

As nossas cavernas são muito complexas e nos prendem a muitas coisas. Em nossas cavernas podemos citar a internet e a televisão, a internet pois quando a  usamos ficamos perplexos  em tanta informação e que nos deixam presas ao seu conteúdo,a televisão pois tanto nos distanciam como e também nos trazem a realidade e que as vezes as transforma em coisas fantasiosas.
A falta de conhecimento é uma grande caverna inclusive para Platão que em sua época era o que os distanciava da realidade e fazia com que tivessem medo de sair de suas cavernas.
Devemos sempre tentar livrar-nos de nossas profundas cavernas mas devemos  ter sempre cuidado para que isso não vire uma outra caverna em nossa vida. As nossas cavernas nos impedem de ter o conhecimento necessário para nos livrarmos de nossos medos que constantemente transformadas em cavernas sem fronteiras.

Diego Martinello

Caverna: a verdade e a ilusão da vida

Na nossa caverna que vivemos tem muita coisa boa e muita coisa ruim,pois na nossa caverna a gente vive numa fantasia.
As coisas boas que tem nas nossas cavernas as tecnologias, pois a maioria das pessoas hoje vive de tecnologia como:a internet, o celular e entre outros. Mais também tem as coisas ruim, no uso da tecnologia tem gente que avacalha com as pessoas, usam para ter relacionamento que depois que vão ver são tudo mentira, usam também para botar d falsas,tem pessoas que caem na conversa e pensam que tudo aquilo é verdade.
A vida não é só ficar na frente do computador, é bom conversar com pessoas de frente vendo elas ali. Você pode estar conversando com uma pessoa mas pode ser que não seja ela. tem pessoas que não vão mais trabalha só para ficar na frente do computador, da televisão, do telefone. Isso é bom, mais também tem coisa na vida que são bem melhor do que só fica preso na tecnologia.
O mito da caverna é uma realidade não só em relação a nossa juventude, mas de toda a população. Vivemos na escuridão e na ignorância.
Ninguém pode assegurar o que é certo ou errado. Imaginemos uma caverna separada do mundo externo por um alto muro, onde a entrada permite a passagem da luz exterior. Saiamos da caverna, e no primeiro instante ficamos totalmente cegos pela luminosidade do Sol.
Ao permanecer no exterior o prisioneiro, aos poucos se habitua a luz e começa a ver o mundo chegamos la fora e vimos que é bem mais real do que dentro da caverna em que vivermos, é bom viver fora da caverna mais com atido,respeito e responsabilidade do esta vivendo para depois não volta para dentro da caverna de novo.

Joseane Torres

Cavernas: as verdadeiras ilusões da nossa vida

Conhecer a realidade é uma essência de sabermos o que realmente é real. As chamadas “cavernas” fazem totalmente o contrário, distanciando-nos da realidade e trazendo somente a aparência, uma ilusão construída por nós mesmos com o processo de globalização em que nos aprisionamos em um “mundo pequeno”.
Para Platão, sair dessas “cavernas” é deixar de acreditar em uma simples projeção de sombras que aparecem na parede de uma caverna, ir lá fora, enxergar o mundo, voltar e contar aos outros que o que eles definem por realidade é uma simples ilusão.
Hoje um exemplo bem óbvio de uma “caverna” são os programas de televisão. Eles nos ofuscam fazendo com que aquela ilusão se pareça realidade, nos quais desligamos-nos do mundo lá fora e dos problemas para termos um “mundo menor”. Um filme ou uma novela por exemplo, onde assistindo com atenção até parece que estamos vivenciando algumas cenas. Mais nada disso é real. É apenas uma forma para que fechamos os nossos olhos para o mundo e seus problemas para que não sejamos críticos. Para que sempre aceitamos qualquer coisa, sendo assim, sempre comandados e nunca no comando.
Mas como sempre há uma luz no fim do túnel temos os grandes filósofos para nos alertar através de estudos estimulados pelos professores.
Seja crítico. Criticar é dar um passo para estar no comando, é não aceitar as coisas como elas simplesmente são. Para então não sermos sempre feitos de “fantoches”.

Jaqueline Hermani Gonçalves

As cavernas de nossa vida

Na alegoria de Platão a realidade é que a maior parte da humanidade vive presa a uma caverna, onde só vê a sua própria sombra, através da luz que passa pela entrada. Olhando mais profundamente eles podem enxergar esses habitantes e podem querer um mundo sobre a sombra da realidade.
A caverna de Platão pode ser comparada às nossas casas, pois vivemos em função das pessoas, das quais estão morando nelas e das coisas que tem dentro delas.
Vivemos num mundo onde todos querem realizar – se interiormente, deixando de lado, às vezes, a realidade que está ao seu redor. Vivem num mundo só seu, através das televisões, computadores e perdem a noção da realidade que tem lá fora.
O caminho para sairmos das cavernas e deixar de olhar para nós mesmos e olhar para fora delas, é ver que tem muitas pessoas que vivem ao nosso redor que precisam de nossa ajuda. A realidade de hoje precisa cada vez mais de nós, porque ninguém é uma ilha que vive sozinho.
Para termos uma sociedade melhor, devemos participar dela.

Franciane Judite Gonçalves

As cavernas de nossa vida

Vivemos em um mundo cheio de cavernas, onde nos tornamos prisioneiros,vivendo uma realidade que não existe.
São vários os tipos de cavernas, um exemplo, é a televisão. Muitas vezes ela nos passa coisas que não são reais, e as pessoas ficam presas, se tornam sedentárias, ficam eufóricas sempre querendo mais e mais, fazendo com que as mesmas deixem de viver em um mundo real.
Outra forma de caverna., é a virtualização da vida cotidiana, a maioria de nós deixa de se encontrar pessoalmente com as pessoas, passando a se comunicar por meio de internet, celular e etc. Não saem mais de casa para o trabalho, pois o mundo virtual lhes oferece tudo isso de uma maneira mais fácil.
Estamos sempre edificando novas cavernas, e elas estão em todo lugar. Por exemplo, existem pessoas que não aceitam aprender coisas novas, não querem evoluir, isso é uma caverna.
A escola também pode se tornar uma caverna, se não houver interação e diálogo por parte dos professores e alunos.
Para sairmos dessas cavernas, temos que interagir com as pessoas, olhar para o mundo que está lá fora nos esperando, deixar que nos ensinem coisas novas e ensinar também, mas, não através de um computador ou celular, enfim, viver o que é real.

Amanda Dondossola

Nossas Cavernas

Quase sempre de maneira inconsciente, habitamos um numero cada vez maior de cavernas por nós edificadas. Hoje nossas cavernas estão todas ligadas à globalização. A televisão, a internet, quase todos os meios de comunicação, nos levam a ser habitantes das cavernas.Talvez porque nelas o interior da caverna seja mais cômodo, seguro e confortável.
Muitas vezes deixamos do convívio com as pessoas, para nos trancar nas nossas cavernas. A mídia tenta fazer com que nós fiquemos presos, no mundo irreal, querem que nós acreditamos em tudo o que eles falam, tirando nós do mundo real.A TV deveria investir mais na cultura, incentivar as pessoas a saírem, a fazerem esses programas culturais.Pois a TV tem tanto poder em relação as pessoas.A mídia hoje é tão forte no mundo globalizado, que as pessoas agem por impulso, são subliminarmente condicionadas para determinados comportamentos e acabam se esquecendo que são gente, com sentimentos, com sensações, emoções e que além deles existe uma vida lá fora(da caverna) que merece ser vivida.A única saída que nos resta é acordar para a vida.
“Platão morreu, mas sua filosofia não”.

Michele Carboni 30 de setembro de 2011

Nossas Cavernas

Todos nós vivemos em nossas realidades, sendo o nosso trabalho e coisas assim. Mas muitas vezes nos prendemos as ditas cavernas, que são as televisões, computadores e muito mais.
A caverna de Platão fala de uma caverna escura com prisioneiros sentados de costas para a porta da realidade. E a nossa caverna são as tecnologias algo que nos vicia. A uma diferença muito grande, entre as duas cavernas, pois a de Platão era como algo obrigatório, e a nossa é uma opção própria. Que podemos largar ela para viver a vida dentro do real.
Devemos largar um pouco as tecnologias. Elas nos trazem noticias, nos prendendo a vida que existe lá fora, nos tirando da realidade, nos leva a realidade de uma forma que não podemos vive. Um tipo de realidade que ela nos tira é a que Deus nos proporciona, o mundo dentre ele a natureza.

Carolina Dondossola Elias

Nossas Cavernas

Hoje em dia estamos muito ligados as como a globalização, programas de TV, internet e tecnologias.
Presos a essas cavernas, nós afastamos de um mundo real e vivemos em um mundo fora da realidade essas cavernas fazem com que a realidade não se mostre como é!
As pessoas acreditam mais no que escutam, ao invés de seus próprios pensamentos e princípios. Para mim a maior caverna que está prendendo o ser humano é a mídia. Ela faz com que ficamos presos a um mundo irreal forçados a acreditar em tudo o que eles tentam manipular as pessoas, e é provável consigam pelo fato de que as pessoas ficam mais tempo em frente a televisão e esquecem que lá fora tem um mundo passando despercebido, depois não  vai adiantar reclamar, você não pode mudar o mundo mas você pode fazer sua parte “Nada muda se você não mudar”

Jeise Lourenço Niehues 30 de setembro de 2011

AS CAVERNAS DE PLATÃO E AS NOSSAS

No mundo que vivemos estamos sempre rodeados de cavernas que nos perseguem e que são difíceis de nos separar delas. existem vários exemplos de cavernas profundas que são quase impossíveis de sair. a internet , uma coisa muito boa para as pessoas que trabalham com ela, mas que ficam sem saber como é o mundo lá fora e perdem de certa forma o sentido que a vida nos dá de ser mos feliz.
As cavernas foram feitas para entender a realidade do ser humano. Estamos sujeitos às sombras e vê-las como a verdade. Platão disse ‘’algumas pessoas que vivem no fundo de uma caverna, onde todos foram presos na infância, imobilizados por correntes, sentados de costas para a entrada da caverna, sem poder se moverem olhando sempre para o fundo da caverna.
Na minha idéia , Platão nos mostra como é difícil e doloroso chegarmos ao conhecimento, se formos libertados e arrastados para longe de nossas cavernas, nos sendo obrigado a percorrer caminhos indefinidos, para romper a ignorância.
O mundo nos fazem pensar que vivemos num lugar cheio de maravilhas, e quase sempre não é assim. Se pensarmos antes de falar nas coisas que saem das nossas bocas e também se esquecermos a ignorância,viveremos um mundo muito melhor.

Jean Zanoni



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quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Carta do Prof. Everson Semler Matias



Como esse também é um espaço democrático, segue abaixo uma carta enviada pelo Prof. Everson ao Jornalista João Paulo Messer:

Prezado João Paulo Messer, 

            Foram tantos os problemas denunciados sobre a educação que temo que este seja em breve, mais um dos velhos problemas comuns, algo rotineiro que todos sabemos não muda, como a: violência, corrupção e a prostituição de menores.

Serviços públicos como os da educação, saúde e correios parecem caminhar para o mesmo destino. 

Primeiro o corte de 3,10 bilhões de Dilma da educação, depois a esperança que veio se arrastando desde 2008 – O PISO NACIONAL DO MAGISTÉRIO – Uma medida de emergência para conter o rebaixamento do nível de vida dos professores – e que converteu-se, após dois meses de greve, na destruição do nosso plano de carreira. 

Mas como se diz em nossas escolas a greve “serviu para sacudir a poeira”. Nós professores estamos de cabeça erguida, fortes, discutindo, debatendo a educação que queremos e principalmente, denunciando o governo e seus deputados pelo crime cometido com a educação. 

As camisetas e os outdoors dos “deputados inimigos da educação” tem sido um sucesso! Aonde vou utilizando-a sou parado. Converso, explico como estão nossas escolas, sou homenageado por ainda ser professor. Os outdoors provocaram até práticas que antes se assemelhavam as de “marginais”: destruição do painel comunicativo com pedradas, ranhuras e até o corte dos pilares de sustentação como ocorreu no Caravágio.

O último ocorrido parece ser mais sério! Existe uma forte perseguição, com práticas de assédio moral, e violação de um direito constitucional: o democrático. Parece coisa de novela, mas uma professora chegou a identificar em meios à papéis para assinar uma advertência colocada em surdina. O objetivo era chegar ao número de três e assim demiti-la da escola. 

Minha escola, Abílio Cesar Borges de Nova Veneza não chegou a este ponto.  Mas cartazes contendo charges e informações contrárias às políticas do governo do estado estão sendo removidas pela direção, da sala dos professores. De acordo com a mesma, a ordem foi do gerente regional de educação, o professor Rodolfo Michels, conhecido como “finho”. De acordo com a direção a propriedade é pública e não pode conter tais materiais de crítica. Gostaria de lembrar que a sala dos professores não é, tampouco, um ambiente aberto. 

O que há de errado nestes cartazes? 

Não seria isto uma perseguição aberta dentro do ambiente escolar?  Sobretudo com os educadores que não se calam, realizando as discussões em suas escolas, como o professor citado acima?

Nem baixou a poeira da última greve, sacudida de nossas costas e já estamos enfrentando novamente problemas, entre eles: o plano de carreira menos indecente e, sobretudo advertindo os prefeitos e a comunidade sobre outro grave problema: a municipalização do ensino.

Este parece ser somente mais um desabafo de um professor em início de carreira, mas pode jogar luz sobre outro problema: Onde estaria à educação crítica e libertadora que a sociedade tanto precisa e que muitos futuros professores estão aprendendo nos cursos de licenciatura? 

Atenciosamente professor,

Everson Semler Matias

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