domingo, 7 de setembro de 2014

Direitos e Cidadania em sala de aula: um debate constante



 

Quando falamos em direitos suscitamos ideias contraditórias. Por exemplo, como falar em direito à escola para quem não quer estudar?

Essa breve, porém real introdução, nos impõe uma série de questões imbricadas na nossa condição de cidadãos. Afinal, tal condição nos permite pensar nas limitações que as leis nos trazem e também na proteção que deveriam nos dar.

Em minhas aulas ouço muito a cobrança de sujeitos de direitos: meus alunos e minhas alunas. Sujeitos que agem, refletem, trabalham, vivem dias cheios das responsabilidades juvenis. Sabem muito bem cobrar o que entendem ser seus direitos. Infelizmente, ainda são poucos os que procuram entender além de cobrar.

Ser cidadão exige entender seus direitos. Mais que isso: exige compreender a qualidade de cidadão do outro. Um pouco mais: respeitá-lo enquanto tal. É tudo o que procuro em sala de aula.

Conversar quando é para conversar, ouvir quando for para ouvir, silenciar nos momentos necessários á concentração. A sala de aula é o espaço público da juventude, seu espaço, um espaço compartilhado, por isso as regras são tão necessárias, tão evidentes, tão imprescindíveis. Respeitar colegas e professores é um ótimo exercício de cidadania, um início para futuros adultos sujeitos às limitações jurídicas impostas a todos os cidadãos e cidadãs.

Estudar: um direito. Ser estudante: um momento. Compreensão: um aprendizado. Se conseguir que tantas mentes incautas alcem seu voo rumo á tão almejada liberdade compreendendo suas limitações, ficarei feliz. Se aprender a conviver com ele e eles consigo mesmo, então terei êxito.

28/08/14
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