quarta-feira, 3 de março de 2010

Arrancada de caminhões Arroio do Silva, SC

Ou deveríamos dizer, falta de consciência ecológica?


Ah, claro... lá vem mais um ecochato...pelo contrário.
Eu curtia a arrancada de caminhões quando mais novo, e mais bobo também. Mas, mesmo assim, sempre tinha uma coisa que me incomodava: caminhões pesados a beira mar não produziam poluição? Há dez anos atrás eu só pensava isso, não tinha em minha mente pensamentos mais elaborados como hoje.

Fica a questão: é proibido trafegar à beira mar? E levar cães para a praia, pode? E jogar lixo na areia já poluída da praia, também pode?

Consegui algumas imagens na internet e por elas podemos ver a fumaça contrastando o típico "ar puro" do litoral, caminhões patinando na areia e derramando óleo e graxa (ah, vão dizer que os caminhões foram revisados...), tudo em nome da adrenalina. Adrenalina? Por isso se libera para poluir.

Uma pena. Todo início de verão vemos na televisão ser apresentado o dossiê do Ibama/Fatma sobre a balneabilidade de nossas praias e ficamos enraivescidos ao saber que o lugar onde poderíamos veranear não apresenta condições de higiene necessárias para nossa diversão. Uma lástima.

O grande rio Araranguá já recebe uma carga considerável de rejeitos da mineração ensandecida do carvão que trouxe o "progresso" à nossa região, e ainda mais os milhares de litros de agrotóxicos da rizicultura, principalmente. A isso adicionamos nossos esgotos doméstico e industrial e, voi lá, temos um sistema hídrico moribundo! E cada vez mais nos distanciamos de nossas casas para aproveitar o pouco de água que nos sobra...

Será que precisamos mesmo sucumbir perante a imagem da tecnologia desenfreada a solapar as areias que deveriam servir única e exclusivamente para nossos pés descalços???

Serei multado se jogar um papel de bala nas ondas que vem me acariciar?
Serei multado por dirigir de moto nas areias da praia?

Penso muito sobre tudo isso... em nome da economia estamos nos enterrando vivos...



Imagem contraditória: as ondas quebrando na areia, já poluídas, enquanto caminhões pesados solapam ainda mais o solo arenoso. A multidão se espreme para ver alguns segundos de adrenalina na compulsória notoriedade destrutiva do ser humano. Haverá rendenção para nós?


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