domingo, 18 de setembro de 2011

Revolução industrial, breve resumo


Pioneirismo inglês


Facilitado pela consolidação da monarquia parlamentar que priorizou o lucro privado e desenvolvimento industrial, pela lei do “Enclosure Acts”, a Inglaterra teve condições de iniciar a sua industrialização. Os cercamentos nada mais eram do que a monopolização das terras para arrendamento e exploração da mão-de-obra. No início a produção era apenas interna e voltada as necessidades mais básicas. Posteriormente, a indústria da lã e algodão torna a produção mais agressiva e inicia o processo de expansão imperialista. A produção de lã estava voltada a secular tradição do campo, enquanto a produção de algodão relacionava-se diretamente a exploração colonial.
O desenvolvimento também da indústria de base foi importante. Siderurgia e metalurgia, vinculadas às ferrovias e indústria bélica, bem como a utilização do carvão. Há também que se destacar o tratamento dado pelos historiadores sobre o avanço técnico-científico da época, pois não há consenso sobre o tema. Na verdade, é preciso entender que a revolução industrial não foi apenas pautada na criação de máquinas: as fábricas já existiam e também algumas máquinas. O que se teve foi a intensificação do sistema fabril que alcançou outros níveis da esfera social.
A própria ideia do trabalho muda: o que antes era visto como castigo e dor, agora é tratado com algo que dignifica o homem e o engrandece perante os olhos de Deus. E o trabalhador tornou-se um “apêndice” de máquina nas palavras de Marx, aquele que não controla mais toda a produção. O trabalhador é um alienado, pois o que produz não é seu e ele não vê o resultado final.   
Além disso, a exploração da mão-de-obra infantil e feminina, mais baratos, foi intensificada. A jornada de trabalhos começava muito antes do sol nascer e terminava muito além dele se por: doze ou até dezoito horas por dia! Direitos trabalhistas nulos, poluição ambiental, bairros pobres e insalubres. Relações sociais que se modificavam.
A consequência lógica foram os movimentos de trabalhadores que reivindicavam melhores condições de trabalho e sobrevivência. O ludismo teve origem em Nedd Ludd, segundo a tradição, o primeiro operário a quebrar as máquinas. Mas os movimentos não se resumiam a quebradeiras, pois buscavam atuação política, representatividade e perspectivas futuras. O movimento cartista, por exemplo, tentou unir uma grande massa na reivindicação de seus direitos que foram incorporados posteriormente.  
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