sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Mãe Luzia: o lamúrio silencioso de um rio

Rio Mãe Luzia, outrora leito de vida, hoje reflexo do progresso desenfreado. Antes um rio onde caboclos tiravam o seu sustento quando os primeiros imigrantes aqui chegaram. Um rio que doou ao município o seu nome devido ao seu encontro com outro rio, o São Bento. Do encontro, a "forca" formada, um diminutivo: forquilha. Somaram um afetivo, virou "forquilhinha". Assim, os alemães e italianos, seus descendentes, adotaram esse nome.

Rio Mãe Luzia, barreira natural a separar os primeiros colonizadores? Ou ponto para o descanso de dias pesados na lida da agricultura? 

Rio Mãe Luzia, antigo manacial de vida! Quantos peixes, quantas espécies... Hoje, quanto lixo, quanto desprezo!

Abaixo trago-lhes algumas fotos desse que deveria ser um ponto para o nosso lazer nos quentes dias de verão...


Essa imagem reflete muito bem o que é o rio Mãe Luzia hoje. Seu leito mudou bastante nas duas últimas décadas. Resultado das constanets cheias. Foto: Wagner Fonseca, 08/11/12

Não me recordo de ter visto o Mãe Luzia com nível tão baixo como nesse ano de 2012. Foto: Wagner Fonseca, 08/11/12

A mata ciliar ainda se faz presente, todavia, se percebe manchas que sugerem gordura ou outro elemento químico na água. Foto: Wagner Fonseca, 08/11/12

"Mancha" na água. Seria gordura? Ao lado funciona um frigorífico. Foto: Wagner Fonseca, 08/11/12.

Foto: Wagner Fonseca, 08/11/12

Dois marrecos (ou seriam patinhos?) que cliquei na água do rio. Foto: Wagner Fonseca, 08/11/12

Onde antes sempre víamos água corredo, vemos vegetação surgindo. Foto: Wagner Fonseca, 08/11/12

Idem. Foto: Wagner Fonseca, 08/11/12

Aqui percebe-se o leito pedregoso do rio. Há quinze anos atrás via-se a água correndo por ali. O movimento natural vai desenhando novos caminhos para o Mãe Luzia. Foto: Wagner Fonseca, 08/11/12

O esgoto do centro da cidade sendo despejado no rio. Foto: Wagner Fonseca, 08/11/12

A ponte de ferro construída no loca da antiga ponte de ferro. Foto: Wagner Fonseca, 08/11/12

Essa visão do outro lado ponte nos revela uma grande praia de pedras com a tonalidade alaranjada. O enxofre dos dejetos da mineração. A água escura devido aos metais pesados e a própria vegetação ciliar que ainda teima em resistir. Foto: Wagner Fonseca, 08/11/12

Outra grande mancha na água. Meu pai trabalhou na construção dessa ponte. Ele me conta que no local havia poços de três metros de profundidade. Hoje, água rasa. Mas, e essa poluição? Foto: Wagner Fonseca, 08/11/12

Cresci vendo as ruínas dos pilares da antiga ponte de ferro que ruiu na década de 1980. Eles se localizavam exatamente abaixo da passarela metálica. Recentemente a prefeitura destruiu aquelas ruínas. O motivo eu não sei, nem imagino. Mas a pergunta que ficou foi: porquê? Atrapalhava alguma coisa? Acredito que não. Foto: Wagner Fonseca, 08/11/12

O quero-quero em meio ao "limo" da água poluída. Foto: Wagner Fonseca, 08/11/12

Ao fundo há outro despejo de esgoto do centro da cidade. Foto: Wagner Fonseca, 08/11/12

Mancha de poluição na água. Foto: Wagner Fonseca, 08/11/12

Foto: Wagner Fonseca, 08/11/12


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