Quando
falamos em direitos suscitamos ideias contraditórias. Por exemplo, como falar
em direito à escola para quem não quer estudar?
Essa
breve, porém real introdução, nos impõe uma série de questões imbricadas na
nossa condição de cidadãos. Afinal, tal condição nos permite pensar nas
limitações que as leis nos trazem e também na proteção que deveriam nos dar.
Em
minhas aulas ouço muito a cobrança de sujeitos de direitos: meus alunos e
minhas alunas. Sujeitos que agem, refletem, trabalham, vivem dias cheios das
responsabilidades juvenis. Sabem muito bem cobrar o que entendem ser seus
direitos. Infelizmente, ainda são poucos os que procuram entender além de
cobrar.
Ser cidadão
exige entender seus direitos. Mais que isso: exige compreender a qualidade de
cidadão do outro. Um pouco mais: respeitá-lo enquanto tal. É tudo o que procuro
em sala de aula.
Conversar
quando é para conversar, ouvir quando for para ouvir, silenciar nos momentos
necessários á concentração. A sala de aula é o espaço público da juventude, seu
espaço, um espaço compartilhado, por isso as regras são tão necessárias, tão evidentes,
tão imprescindíveis. Respeitar colegas e professores é um ótimo exercício de cidadania,
um início para futuros adultos sujeitos às limitações jurídicas impostas a
todos os cidadãos e cidadãs.
Estudar:
um direito. Ser estudante: um momento. Compreensão: um aprendizado. Se conseguir
que tantas mentes incautas alcem seu voo rumo á tão almejada liberdade compreendendo
suas limitações, ficarei feliz. Se aprender a conviver com ele e eles consigo
mesmo, então terei êxito.
28/08/14
Nenhum comentário:
Postar um comentário