Conheci uma poesia no verão,
Largada numa calçada qualquer
De uma cidade qualquer
De um dia qualquer
De um sorriso qualquer
Estiquei o braço e ela fugiu de mim
Eu sorri, bobo assim
Tão cansado estava que parei
Bem ali, no meio daquele lugar
De um lugar qualquer
A poesia não sabia de mim
Eu não quis saber dela, e dormi
Como ébrio enlameado e roncando alto
Acordei saraivado pela força da chuva
De uma tarde qualquer
Volvi meu olhar para algum canto
E o tempo fechado parecia romper o espaço
Entre trovões e relâmpagos chutei poças
Feito criança naquela lambança de dia
De um dia qualquer...
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