domingo, 13 de setembro de 2009

Marion: símbolo da destruição



O nome de uma máquina grande e destrutiva ficou marcado na história da região Sul. A Marion é lembrada por dez entre dez pessoas que viveram o auge da mineração e assistiram a toda a degradação ambiental provocada no Estado. Desenvolvida em Ohio, nos Estados Unidos, tinha capacidade de produção de 650 metros cúbicos por hora.

Por onde passou, Marion deixou o que hoje se chama de "paisagens lunares", cenários que poderiam servir a filmes de ficção científica. Segundo o professor Gerson Philomena, que estudou o lado obscuro da história, da mineração, a máquina extraia "tudo o que via pela frente" com suas conchas gigantescas.

Além da vegetação, o solo também era engolido pela máquina. A mineração a céu aberto podia ser considerada uma atividade normal aos olhos de quem viveu naquela época, mas hoje é relembrada com tristeza por conta das marcas que deixou na natureza.

Um dos locais mais alterados pela atividade é a cidade de Siderópolis, onde chegaram a se formar pequenos lagos amarelos nos buracos cavados pela máquina. Dezenas de espécies foram destruídas em nome do que, na época, se entendia como progresso.

"Este desenvolvimento que muita gente aponta é totalmente discutível. A troco de que a mineração promoveu o progresso? A custa da vida de pessoas, da degradação ambiental e do enriquecimento de uma parcela mínima da população", questiona o socioambientalista Tadeu Santos.

Ação histórica:

A ação nº 93.80.00533-4, de autoria de Paulo Afonso Brum Vaz, foi comemorada pelos movimentos pró meio ambiente, em 2001. Leia o principal trecho do documento: Condeno "as empresas mineradoras que figuram no pólo passivo, seus sócios-gerentes, mandatários ou representantes (ou sucessores), a União e o Estado de Santa Catarina (...) a apresentar, dentro de seis meses (...) projeto de recuperação da região que compõe a Bacia Carbonífera (...) com cronograma de etapas a serem executadas, e executar o projeto no prazo de três anos, contemplando as áreas de depósitos de rejeitos, áreas mineradas e minas abandonadas, bem como o desassoreamento, descontaminação e retificação dos cursos dágua, além de obras que visem a amenizar os danos sofridos".

Fonte: http://www.clicrbs.com.br/anoticia/jsp/default2.jsp?uf=2&local=18&source=a1943151.xml&template=4187.dwt&edition=10007&section=904, acesso em 13 de setembro de 2009
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Um comentário:

  1. Muito bom!
    Gostei do que você escreve. Meu avô trabalhava
    nela em SIDERÓPOLIS!

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