sábado, 12 de junho de 2010

Contra o voto obrigatório, Voto Nulo


-->
Texto livre para distribuição em qualquer formato.
_ Votar é um direito, não deveria ser considerado um dever. Diferentemente do que acontece nos países democráticos, no Brasil o voto é obrigatório – algumas pessoas são inclusive, sem que hajam cometido crime algum, condenadas a um dia de trabalhos gratuitos para o Tribunal Eleitoral. Dizem alguns que “a penalidade ao descumprimento é leve...” Não há pena leve ao objetor de consciência! Desde quando deixar de exercer um direito civil (como casar-se, ter ou deixar de ter uma religião) implica em receber uma multa, pouco importa de que tamanho, e outras sanções do Estado?
_ A vasta maioria, de bom-grado ficaria em casa no dia das votações, particularmente por não se interessar no teatrinho que muda alguns nomes mas mantém o cerne das questão, o encaminhamento econômico da Nação, exatamente como está.
_ A decisão final para o cargo majoritário (a Presidência da República), portanto de todos os subalternos, de “situação” e “oposição”, acerca do encaminhamento da política econômica nacional já está tomada. Caberá ao eleitor decidir, se para o encaminhamento da economia brasileira a favor do Mercado (sobretudo “de capitais”), portanto contra os interesses do povo brasileiro deverá ser eleito o/a candidato/a A, B ou C.
_ As campanhas centradas na Propaganda esvaziam o espaço público, transformam o cidadão em consumidor e o candidato em mercadoria. Está fora da pauta dos debates políticos durante a campanha o cerne de todas as questões: a economia continuará a ser dirigida pelo grande capital financeiro ou o povo brasileiro se unirá contra essa tirania?
_ Durante a campanha eleitoral se debate quase tudo e todos os candidatos manifestam opiniões concordantes com aquelas da maioria de seu eleitorado. Já o exercício da função para a qual se elegem não tem absolutamente nada a ver com o que disse (ou prometeu, ou mesmo “registrou em cartório”) durante a campanha. Assim, digam os candidatos o que disserem durante a campanha, já não é mais desculpável sequer fingirmos acreditar. Mas o Estado Nacional Brasileiro nos obriga a votar! Contra o voto obrigatório exercemos o nosso protesto através do VOTO NULO.
_ A Urna Eletrônica como única forma de votar só existe no Brasil e no Paraguai. Sem que a população esteja informada em profundidade acerca de como é feito o processamento de dados, durante o dia de votações sempre se reportam inúmeros casos de falhas, defeitos e fraudes. Ainda assim, o resultado é anunciado antes mesmo que todos os eleitores tenham sufragado a sua vontade.
_ Esclarecendo que o voto em Branco, no Brasil, é computado para o candidato ou partido que é majoritário, portanto deve ser evitado. Para votar nulo, deve-se digitar um número de candidato inexistente (“00000” ou “999999”) e a tecla “Confirma”. O Estado Nacional Brasileiro, se faz presente junto ao Eleitor na Urna, através de sua própria propaganda avisando com caracteres e ruídos diferentes que, assim fazendo, estaremos “votando errado”.
Como se não bastasse nos obrigarem a sair de casa, entrar em filas e nos dirigirmos às máquinas de votação, ao anular o voto, o Estado Nacional Brasileiro se intromete na intimidade do momento do voto e afirma “assim fazendo, você está errando”. Supere a repugnância e confirme! Com um número significativo de votos nulos forçaremos o Estado Nacional Brasileiro a suprimir esta obrigatoriedade espúria que nos oprime.
Texto livre para distribuição em qualquer formato. Clique aqui para baixar em formato
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

Nenhum comentário:

Postar um comentário