A globalização deixou o mundo menor, é o que dizem.
Encurtou distâncias e parece que colocou todos no mesmo barco, e será que
afundaremos todos juntos? Com tanta tecnologia, com tanta informação voando a
milhares de bites por segundo, conseguimos ver os benefícios da globalização
chegando para todas as pessoas e lugares?
Quando os europeus iniciaram as grandes navegações o mundo
tornou-se maior, afinal, “descobriram” outros continentes e novas riquezas. Com
tanta riqueza que acumularam, conseguiram crescer e se desenvolver cada vez
mais, principalmente na tecnologia, revolucionando num primeiro momento a
produção industrial, depois os transportes. Novos transportes, e mais rápidos,
encurtaram espaços que levavam meses para serem vencidos. Hoje aviões
ultrarrápidos cruzam o céu levando milhões de pessoas de um país a outro no
mesmo dia, e não parou por aí.
Os meios de comunicação acompanharam toda a revolução
tecnológica e, se antes tínhamos diferentes povos, etnias, sociedades no mesmo
voo ou no mesmo transatlântico, hoje temos programas de tevê que são
transmitidos ao vivo para todo o mundo. O ser humano foi mais longe ainda, pois
com o advento da revolução digital, bastam alguns cliques, seja num computador
ou celular, para “estarmos” em qualquer lugar do mundo. Notícias e informações
variadas trafegam na velocidade da luz, juntamente com comportamentos, ideias,
cultura. Porém, resta-nos saber: isso é bom apenas? Ou há algo de ruim nisso
tudo? Com certeza milhares e milhões são gastos diariamente para o conforto de
alguns, mas e a maioria? E aqueles que são contrários a todas essas mudanças
rápidas que atropelam quem está à frente?
Podemos elencar muita coisa boa da globalização, mas seus
efeitos atingem países diferentes de formas diferentes e não nos cabe julgar o
comportamento alheio sem sabê-lo por completo. Talvez o maior malefício da
globalização seja essa uniformidade de pensamento que molda as pessoas e
esquece-se das regionalidades e peculiaridades de cada lugar. Afinal, nenhum
benefício vem sem que alguém tenha perdido algo. Num mundo globalizado as
coisas boas voam, as ruins vão de brinde.
Professor Wagner Fonseca, 04/08/15 16:01
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