quinta-feira, 23 de abril de 2009

Forquilhinha, 20 anos de emancipação política



Pois é, algo que nunca fiz em meu blog foi escrever sobre a minha cidade, minah querida Forquilhinha...
Por aqui já tivemos furacão, tornados, tremor de terra (em agosto de 1998, quem lembra?), enchentes e mais enchentes, um pouco de tudo.


Bom, dia 26 de abril próximo, a terrinha vai estar completando seus 20 anos de emancipação política, quando, em 1989 deixou de ser distrito de Criciúma para se tornar uma própera pequena cidade. Pequena, porém reconhecida nacional e internacionalmente.
Daqui saíram para o mundo o Cardeal Dom Paulo Evaristo Arns, e sua irmã, Zilda Arns, responsável pela Pastoral da Criança.
É, Forquilhinha não é só o que aparenta ser, é muito mais...

Parabéns para todos os cidadãos e todas as cidadãs dessa minha querida e problemática cidade!!
Parabéns pelos seus 20 anos de emancipação política Forquilhinha!
Parabéns pelo século de história! Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

Luta de Classes - Cidade Negra


Tudo que eu posso ver
(Essa neblina...)
Cobrindo o entardecer
Em cada esquina
Tudo que eu posso ver
(Essa fumaça...)
Cobrindo o entardecer
Em cada vidraça
Mas eu quero te contar os fatos
Eu posso mostrar fatos pra você
É só ter um pouco mais de tato
Que fica claro pra você
Desde a antiguidade
As coisas estão assim, assim.
Os homens não são iguais, não são.
Não são iguais, enfim!

Daí toda essa história
Daí a história surgiu
Escravos na Babilônia,
Trabalhador no Brasil.
Tudo que eu posso ver
(Essa neblina...)
Cobrindo o entardecer
Em cada esquina
Tudo que eu posso ver
(Essa fumaça...)
Cobrindo o entardecer
Em cada vidraça

Mas veio o ideário
Da tal revolução burguesa
Veio o ideário, veio o sonho socialista.
Veio a promessa de igualdade e liberdade
Cometas cintilantes que se foram pela noite
Existirão enquanto houver um maior!

Daí é que veio a história
Daí a história surgiu
Escravos na Babilônia,
Trabalhador no Brasil.

Do antigo Egito à Grécia e Roma
Da Europa feudal
Do mundo colonial
Do mundo industrial
Na Rússia stanilista e allstrips
Em Cuba comunista
E no Brasil?
E no Brasil, hein?

Daí é que veio a história
Daí a história surgiu
Escravos na Babilônia,
Trabalhador no Brasil.

Baixada!!
(Essa neblina...)
Chega junto, baixada!!
(Essa esquina...)

Cobrindo o entardecer
Em cada esquina
Tudo o que eu posso ver
(essa fumaça)
Cobrindo o entardecer
Em cada vidraça

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A caneta e a enxada - Zico e Zeca


“Certa vez uma caneta foi passear lá no sertão
Encontrou-se com uma enxada, fazendo a plantação.
A enxada muito humilde, foi lhe fazer saudação,
Mas a caneta soberba não quis pegar sua mão.
E ainda por desaforo lhe passou uma repreensão.”

Disse a caneta pra enxada não vem perto de mim, não
Você está suja de terra, de terra suja do chão
Sabe com quem está falando, veja sua posição
E não se esqueça à distância da nossa separação.

Eu sou a caneta soberba que escreve nos tabelião
Eu escrevo pros governos as leis da constituição
Escrevi em papel de linho, pros ricaços e barão
Só ando na mão dos mestres, dos homens de posição.

A enxada respondeu: que bateu vivo no chão,
Pra poder dar o que comer e vestir o seu patrão
Eu vim no mundo primeiro quase no tempo de adão
Se não fosse o meu sustento não tinha instrução.

Vai-te caneta orgulhosa, vergonha da geração
A tua alta nobreza não passa de pretensão
Você diz que escreve tudo, tem uma coisa que não
É a palavra bonita que se chama.... educação! Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

Estudo errado - Gabriel , o pensador


Eu tô aqui Pra quê?
Será que é pra aprender?
Ou será que é pra sentar, me acomodar e obedecer?
Tô tentando passar de ano pro meu pai não me bater
Sem recreio de saco cheio porque eu não fiz o dever
A professora já tá de marcação porque sempre me pega
Disfarçando, espiando, colando toda prova dos colegas
E ela esfrega na minha cara um zero bem redondo
E quando chega o boletim lá em casa eu me escondo
Eu quero jogar botão, vídeo-game, bola de gude
Mas meus pais só querem que eu "vá pra aula!" e "estude!"
Então dessa vez eu vou estudar até decorar cumpádi
Pra me dar bem e minha mãe deixar ficar acordado até mais tarde
Ou quem sabe aumentar minha mesada
Pra eu comprar mais revistinha (do Cascão?)
Não. De mulher pelada
A diversão é limitada e o meu pai não tem tempo pra nada
E a entrada no cinema é censurada (vai pra casa pirralhada!)
A rua é perigosa então eu vejo televisão
(Tá lá mais um corpo estendido no chão)
Na hora do jornal eu desligo porque eu nem sei nem o que é inflação
- Ué não te ensinaram?
- Não. A maioria das matérias que eles dão eu acho inútil
Em vão, pouco interessantes, eu fico pu..
Tô cansado de estudar, de madrugar, que sacrilégio
(Vai pro colégio!!)
Então eu fui relendo tudo até a prova começar
Voltei louco pra contar:
Manhê! Tirei um dez na prova
Me dei bem tirei um cem e eu quero ver quem me reprova
Decorei toda lição
Não errei nenhuma questão
Não aprendi nada de bom
Mas tirei dez (boa filhão!)
Quase tudo que aprendi, amanhã eu já esqueci
Decorei, copiei, memorizei, mas não entendi
Quase tudo que aprendi, amanhã eu já esqueci
Decorei, copiei, memorizei, mas não entendi
Decoreba: esse é o método de ensino
Eles me tratam como ameba e assim eu não raciocino
Não aprendo as causas e conseqüências só decoro os fatos
Desse jeito até história fica chato
Mas os velhos me disseram que o "porque" é o segredo
Então quando eu num entendo nada, eu levanto o dedo
Porque eu quero usar a mente pra ficar inteligente
Eu sei que ainda não sou gente grande, mas eu já sou gente
E sei que o estudo é uma coisa boa
O problema é que sem motivação a gente enjoa
O sistema bota um monte de abobrinha no programa
Mas pra aprender a ser um ingonorante (...)
Ah, um ignorante, por mim eu nem saía da minha cama (Ah, deixa eu dormir)
Eu gosto dos professores e eu preciso de um mestre
Mas eu prefiro que eles me ensinem alguma coisa que preste
- O que é corrupção? Pra que serve um deputado?
Não me diga que o Brasil foi descoberto por acaso!
Ou que a minhoca é hermafrodita
Ou sobre a tênia solitária.
Não me faça decorar as capitanias hereditárias!! (...)
Vamos fugir dessa jaula!
"Hoje eu tô feliz" (matou o presidente?)
Não. A aula
Matei a aula porque num dava
Eu não agüentava mais
E fui escutar o Pensador escondido dos meus pais
Mas se eles fossem da minha idade eles entenderiam
(Esse num é o valor que um aluno merecia!)
Íííh... Sujô (Hein?)
O inspetor!
(Acabou a farra, já pra sala do coordenador!)
Achei que ia ser suspenso mas era só pra conversar
E me disseram que a escola era meu segundo lar
E é verdade, eu aprendo muita coisa realmente
Faço amigos, conheço gente, mas não quero estudar pra sempre!
Então eu vou passar de ano
Não tenho outra saída
Mas o ideal é que a escola me prepare pra vida
Discutindo e ensinando os problemas atuais
E não me dando as mesmas aulas que eles deram pros meus pais
Com matérias das quais eles não lembram mais nada
E quando eu tiro dez é sempre a mesma palhaçada

Refrão

Encarem as crianças com mais seriedade
Pois na escola é onde formamos nossa personalidade
Vocês tratam a educação como um negócio onde a ganância, a exploração, e a indiferença são sócios
Quem devia lucrar só é prejudicado
Assim vocês vão criar uma geração de revoltados
Tá tudo errado e eu já tou de saco cheio
Agora me dá minha bola e deixa eu ir embora pro recreio...

Juquinha você tá falando demais assim eu vou ter que lhe deixar sem recreio!
Mas é só a verdade professora!
Eu sei, mas colabora se não eu perco o meu emprego. Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

A mídia e a ideologia


Tem uma coisa que não existe no Brasil, mas deveria existir: transparência dos meios de comunicação em relação à sua corrente ideológica. Explico: na Europa (Noruega, França e Itália são os países que me vêm à mente), os jornais são ou de partidos políticos ou declaram sintonia com algumas correntes - se auto-declaram liberais, de esquerda, conservadores, trabalhistas, etc.

No Brasil é essa coisa meio camuflada (mas que na verdade não esconde muita coisa), e eu acho que ajudaria muito se algumas mídias declarassem a qual tendência pertencem. Vejam a Veja, por exemplo, (sem trocadilho): não ficaria mais fácil e menos arrogante caso a revista se auto declarasse representante do pensamento conservador, retrógrado, das elites brasileiras? Sim, porque a forma com a qual tratam a notícia, na minha modesta opinião de leigo em jornalismo, ultrapassa limites éticos da função do jornalismo que, se não pode deixar de omitir seu viés, deveria pelo menos conter suas narrativas ao campo das análises. Sempre a revista desqualifica as propostas das outras correntes com ironia, com sarcasmo. Eu me pergunto, e o faço talvez com ingenuidade, mas com genuína curiosidade: isso é ético? Se viesse com uma etiqueta do tipo “representamos o pensamento (?) conservador”, tudo bem. Mas a forma escancaradamente enviesada, mas ao mesmo tempo “sem sair do armário” que seus articulistas se manifestam, chega a irritar, e eu acho que a responsabilidade de um veículo de comunicação social deve incluir, inclusive, a informação ao leitor de que a leitura dos fatos está a repercutir uma determinada forma de pensar. Sem essa informação, não há ética. Não há sequer informação jornalística - há, sim, propaganda. E, perdão pelo exagero, mas isso é quase fascista.

E é cômico quando eles tentam defender dois pontos de vista ao mesmo tempo, como na edição dessa semana, ao tratarem das inspeções nucleares aqui no Brasil. Ora parecem contestar os argumentos do Governo Brasileiro, ora ensaiam dizer que são argumentos legítimos. Será que a mera informação não daria ao leitor melhores condições de refletir, e não seria mais honesto?

Será que toda a mídia brasileira tem que perpetuar esses exemplos? Quando seremos éticos? Quando pararemos de desrespeitar as pessoas? Quando é que se deixará de mostrar presos em delegacias, sem que houvesse o devido processo legal? Quando é que se respeitará a privacidade dos pobres nos programas jornalísticos? Quando é que separarão notícia de espetáculo? Quando é que a notícia irá favorecer o livre pensamento, ao invés de simplesmente tentar direcioná-lo para discursos lacunosos?

Fonte: http://maneblog.mgate.com.br/2004/10/24/a-midia-e-a-ideologia/

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Globalização

A Globalização

A globalização é efeito do processo histórico ao longo dos anos. A evolução da tecnologia e da ciência transformou o globo terrestre numa “pequena” aldeia; como exemplo temos as comunicações: um fato acontece no Japão e logo em seguida já é transmitido para o mundo todo via satélite.

O lado bom da globalização é que ela permite uma maior interação entre os habitantes do planeta. No entanto os efeitos benéficos restringem-se a uma parcela reduzida da população mundial. Ou seja, nem todas as pessoas têm acesso à Internet, telefone celular, TV a cabo, entre outras “luxuosidades”.

A globalização permitiu à camada rica da população um “encontro” global, porém, os efeitos nocivos refletem a condição miserável de uma parcela cada vez maior da população do globo. Além disso, o grande avanço da tecnologia leva ao desemprego milhares de trabalhadores do mundo inteiro, principalmente nos países em desenvolvimento.

Outro aspecto negativo da globalização é um fenômeno chamado “massificação”. Em todos os lugares jovens ouvem as mesmas músicas, vestem-se de maneira igual, assistem aos mesmos filmes e programas de TV. Com isso as pessoas deixam de pensar por si próprias e começam a ter o mesmo pensamento.

A globalização é um efeito, uma corrente mundial. Hoje, mais do que nunca, grande parte da população está envolvida nessa corrente. Mesmo nos lugares mais afastados da terra é possível sentir-se os efeitos da globalização. Povos que ainda vivem isolados e de forma primitiva mantém contato com o homem branco “civilizado”, ou com objetos produzidos por estes. Como uma conseqüência imediata da globalização, surgem expressões que auxiliam a compreensão do termo.

Aldeia Global

Embora nosso planeta seja grande o suficiente para conter milhares de povos diferentes, o mundo passa a ser tratado como uma “aldeia”. Os motivos disso são as conseqüências abruptas, às vezes, que um fato econômico ou cultural provoca em outros continentes que não o de sua origem. Sendo assim, uma quebra na economia de um país como a China, por exemplo, pode afetar a economia de vários países.

Em relação à cultura, uma nova moda surgida na Europa pode afetar o comportamento de jovens no Brasil, Argentina, Austrália, etc, assim como um programa de Tv.

Cidadão do Mundo

O termo cidadão surgiu para designar as pessoas da cidade. Como o mundo apresenta-se como uma “aldeia global”, nada mais apropriado que as pessoas sintam-se cidadãs e cidadãos. O que significa isso?

Ser cidadão do mundo significa ter acesso aos benefícios da globalização, como tecnologia e diversão

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Sobre a loucura....rsrsr

Luiz Fernando Veríssimo

O melhor da Terapia é ficar observando os meus colegas loucos. Existem dois tipos de loucos. O louco propriamente dito e o que cuida do louco:o analista, o terapeuta, o psicólogo e o Psiquiatra. Sim, somente um louco pode se dispor a ouvir a loucura de seis ou sete outros loucos todos os dias, meses, anos.

Se não era louco, ficou. Durante quarenta anos, passei longe deles. Pronto, acabei diante de um louco, contando as minhas loucuras acumuladas. Confesso, como louco confesso, que estou adorando estar louco semanal. O melhor da terapia é chegar antes, alguns minutos e ficar observando os meus colegas loucos na sala de espera. Onde faço a minha terapia é uma casa grande com oito loucos analistas. Portanto, a sala de espera sempre tem três ou quatro ali, ansiosos, pensando na loucura que vão dizer dali a pouco. Ninguém olha para ninguém. O silencio é uma loucura. E eu, como escritor, adoro observar pessoas, imaginar os nomes, a profissão, quantos filhos têm, se são rotarianos ou leoninos, corintianos ou palmeirenses. Acho que todo escritor gosta desse brinquedo, no mínimo, criativo. E a sala de espera de um "consultório médico", como diz a atendente absolutamente normal (apenas uma pessoa normal lê tanto Paulo Coelho como ela), é um prato cheio para um louco escritor como eu. Senão, vejamos:

Na última quarta-feira, estávamos:

1.Eu

2. Um crioulinho muito bem vestido,

3. Um senhor de uns cinqüenta anos e

4. Uma velha gorda.

Comecei, é claro, imediatamente a imaginar qual seria o problema de cada um deles. Não foi difícil, porque eu já partia do principio que todos eram loucos, como eu. Senão, não estariam ali, tão cabisbaixos e ensimesmados. O pretinho, por exemplo. Claro que a cor, num país racista como nosso, deve ter contribuído muito para levá-lo até aquela poltrona de vime. Deve gostar de uma branca, e os pais dela não aprovam o namoro e não conseguiu entrar como sócio do "Harmonia do Samba". Notei que o tênis estava um pouco velho. Problema de ascensão social, com certeza. O olhar dele era triste, cansado. Comecei a ficar com pena dele. Depois notei que ele trazia uma mala. Podia ser o corpo da namorada esquartejada lá dentro. Talvez apenas a cabeça. Devia ser um assassino, ou suicida, no mínimo. Podia ter também uma arma lá dentro. Podia ser perigoso. Afastei-me um pouco dele no sofá. Ele dava olhadas furtivas para dentro da mala assassina. E o senhor de terno preto, gravata, meias e sapatos também pretos? Como ele estava sofrendo, coitado. Ele disfarçava, mas notei que tinha um pequeno tique no olho esquerdo. Corno, na certa. E manso. Corno manso sempre tem tiques. Já notaram? Observo as mãos. Roia as unhas. Insegurança total, medo de viver. Filho drogado? Bem provável. Como era infeliz esse meu personagem. Uma hora tirou o lenço e eu já estava esperando as lágrimas quando ele assoou o nariz violentamente, interrompendo o Paulo Coelho da outra. Faltava um botão na camisa. Claro, abandonado pela esposa. Devia morar num flat, pagar caro, devia ter dívidas astronômicas. Homossexual? Acho que não. Ninguém beijaria um homem com um bigode daqueles.Tingido. Mas a melhor, a mais doida, era a louca gorda e baixinha.
Que bunda imensa. Como sofria, meu Deus. Bastava olhar no rosto dela. Não devia fazer amor há mais de trinta anos. Será que se masturbaria? Será que era esse o problema dela? Uma velha masturbadora? Não! Tirou um terço da bolsa e começou a rezar.
Meu Deus, o caso é mais grave do que eu pensava. Estava no quinto cigarro em dez minutos. Tensa. Coitada. O que deve ser dos filhos dela? Acho que os filhos não comem a macarronada dela há dezenas e dezenas de domingos. Tinha cara também de quem mentia para o analista. Minha mãe rezaria uma Salve-Rainha por ela, se a conhecesse.

Acabou o meu tempo. Tenho que ir conversar com o meu psicanalista. Conto para ele a minha "viagem" na sala de espera. Ele ri, ...... ri muito, o meu psicanalista, e diz:

- O Ditinho é o nosso office-boy.

- O de terno preto é representante de um laboratório multinacional de remédios lá no Ipiranga e passa aqui uma vez por mês com as novidades.

- E a gordinha é a Dona Dirce, a minha mãe.

- E você, não vai ter alta tão cedo...

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