segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Voto consciente: e isso existe?

Pois é, cá estava eu a pensar com meus botões se é possível fazer do voto um instrumento real de cidadania e democracia. Carros decorados vejo aos montes. Seriam árvores de natal? Uma analogia direta aos "presentes" ganhos em época de eleição? Seriam carros alegóricos como em desfiles carnavalescos, denotando a brincadeira que se tornou nossa política? Ou seriam carros de circo com palhaços ao volante?
Mas, em quem votar realmente? Numa carreata que passou aqui em minha rua, do candidato da situação ao governo de Santa Catarina não havia nenhum carro velho, somente carrões. Repito: C-A-R-R-Õ-E-S. Isso significa alguma coisa? Só se for muito ignorante para não perceber. É óbvio que não tinha carro velho na carreata para ninguém acusar a distribuiçãod e gasolina! Há! Há! Há!



Bom, mas você vai votar não é? Então, se não sabes em quem votar, ou pior não sabes porque vai votar em determinado candidato, ou pior ainda, vais votar naquele que te comprou, faça antes um breve pesquisa e reflexão:

1° - Qual a ideologia partidária de teu candidato? Não sabe o que é ideologia? São os ideais que o partido dele defende.

2° - Teu candidato comunga os mesmos ideais do partido? São os mesmo ideais que você defende?

3° - Qual a história de vida política do teu candidato? Como é sua vida pública?

4° - Qual a posição do teu candidato em relação as mazelas da sociedade? O que ele pensa sobre questões políticas, sobre economia, sobre corrupção?

5° - Qual o grau de instrução de teu candidato? Isso pode ser importante ou não, depende também de teu próprio ponto de vista.

6° - Teu candidato ofereceu algo em troca de voto? Cuidado, boas e más intenções podem ser encobertas com as mesmas propostas.

7° - Teu candidato, em caso de deputado estadual e federal, é de tua região? Se não, como poderás cobrar as benéfices que o mesmo poderá oferecer para teu lugar? É algo para se pensar também, embora saibamos que política não pode ser restringida ao fator regional.

8° - Teu candidato vem de família com tradição política? Então procure saber o histórico da família.

9° - Teu candidato está tentanto se reeleger? Então procure saber o que ele fez durante seus quatro anos de mandato.

10° - Ficha limpa. Se a lei não dá conta, pesquise para saber dos processos, pois nem todo processo pode ser concedido como maléfico. Nossas leis são repletas de caminhos tortuosos. Mas vale pesquisar.

É isso ai pessoal! Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Resposta à revista veja, de uma professora

Não li a reportagem. Não gosto da revista veja, mas sei das barbaridades que ela publica. Aqui um email que recebi, carta resposta de uma professora. Leia até o fim!


Vem a calhar em nossas realidades na educação. Dobrar,estender,correr,acolher desdobrar...."padecer no paraíso"...

Abaixo compartilho uma cópia da carta escrita por uma professora que trabalha no Colégio Estadual Mesquita, à revista Veja.

Peço por favor que repassem a todos que conhecem, é longa mas vale a pena ler.

É interessante ter acesso ao texto da VEJA, para entender com maior propriedade quem são os "professores incapazes...... "

RESPOSTA À REVISTA VEJA

“A educação não é obra de solista: ou se orquestra ou não ocorre”

Sou professora do Estado do Paraná e fiquei indignada com

a reportagem da jornalista Roberta de Abreu Lima “Aula Cronometrada”. É com grande pesar que vejo quão distante estão seus argumentos sobre as causas do mau desempenho escolar com as VERDADEIRAS razões que geram este panorama desalentador.

Não há necessidade de cronômetros, nem de especialistas para diagnosticar as falhas da educação. Há necessidade de todos os que pensam que “os professores é que são incapazes de atrair a atenção de alunos repletos de estímulos e inseridos na era digital” entrem numa sala de aula e observem a realidade brasileira.

Que alunos são esses “repletos de estímulos” que muitas v

ezes não têm o que comer em suas casas quanto mais inseridos na era digital? Em que pais de famílias oriundas da pobreza trabalham tanto que não têm como acompanhar os filhos em suas atividades escolares, e pior, em orientá-los para a vida? Isso sem falar nas famílias impregnadas pelas drogas e destruídas pela ignorância e violência, causas essas que, infelizmente, são trazidas para dentro da maioria das escolas brasileiras.

Está na hora dos professores se rebelarem contra as acusações que lhes são impostas. Problemas da sociedade deverão ser resolvidos pela sociedade e não somente pela escola.

Não gosto de comparar épocas, mas quando penso na minha infância, onde pai e mãe, tios e avós estavam presentes e onde era inadmissível faltar com o respeito aos mais velhos, quanto mais aos professores e não cumprir as obrigações fossem escolares ou simplesmente caseiras, faço comparações com os alunos de hoje “repletos de estímulos”.

Estímulos de quê? De passar o dia na rua, não fazer as tarefas, ficar em frente ao computador, alguns até altas horas da noite, (quando o têm), brincando no Orkut, ou o que é ainda pior, envolvidos nas drogas. Sem disciplina seguem perdidos na vida.

Realmente, nada está bom. Porque o que essas crianças e jovens procuram é amor, atenção, orientação e disciplina.

Rememorando, o que tínhamos nós, os mais velhos, há uns anos atrás de estímulos? Simplesmente: responsabilidade, esperança, alegria. Esperança que, se estudássemos, teríamos uma profissão, seríamos realizados na vida. Hoje, os jovens constatam que, se venderem drogas, vão ganhar mais. Para quê o estudo? Por que numa época com tantos estímulos não vemos olhos brilhantes nos jovens? Quem, dos mais velhos, não lembra a emoção de somente brincar com os amigos, de ir aos piqueniques, subir em árvores?

E, nas aulas, havia respeito, amor pela pátria. Cantávamos o hino nacional diariamente, tínhamos aulas “chatas” só na lousa e sabíamos ler, escrever e fazer contas com fluência.

Se não soubéssemos não iríamos para a 5ª. Série. Precisávamos passar pelo terrível, mas eficiente, exame de admissão. E tínhamos motivação para isso.

Hoje, professores “incapazes” dão aulas na lousa, levam filmes, trabalham com tecnologia, trazem livros de literatura juvenil para leitura em sala-de-aula (o que às vezes resulta em uma revolução), levam alunos à biblioteca e a outros locais educativos (benza, Deus, só os mais corajosos!) e, algumas escolas públicas onde a renda dos pais comporta, até passeios interessantes, planejados minuciosamente, como ir ao Beto Carrero.

E, mesmo, assim, a indisciplina está presente, nada está bom. Além disso, esses mesmos professores “incapazes”, elaboram atividades escolares como provas, planejamentos, correções nos fins-de-semana, tudo sem remuneração.

Todos os profissionais têm direito a um intervalo que não é cronometrado quando estão cansados. Professores têm 10 minutos de intervalo, quando têm de escolher entre ir ao banheiro ou tomar às pressas o cafezinho. Todos os profissionais têm direito ao vale alimentação, professor tem que se sujeitar a um lanchinho, pago do próprio bolso, mesmo que trabalhe 40h semanais. E a saúde? É a única profissão que conheço que, embora apresente atestado médico, tem que repor as aulas. Plano de saúde? Muito precário.

Há de se pensar, então, que são bem remunerados... Mera ilusão! Por isso, cada vez vemos menos profissionais nessa área, só permanecem os que realmente gostam de ensinar, os que estão aposentando-se e estão perplexos com as mudanças havidas no ensino nos últimos tempos e os que aguardam uma chance de “cair fora”.Todos devem ter vocação para Irmã Dulce, porque por mais que esforcem-se em ministrar boas aulas, ainda ouvem alunos chamá-los de “vaca”,”puta”, “gordos “, “velhos”, entre outras coisas. Como isso é motivante e temos ainda que ter forças para motivar. Mas, ainda não é tão grave.

Temos notícias, dia-a-dia, até de agressões a professores por alunos. Futuramente, esses mesmos alunos, talvez agridam seus pais e familiares.

Lembro de um artigo lido, na revista Veja, de Cláudio de Moura Castro, que dizia que um país sucumbe quando o grau de incivilidade de seus cidadãos ultrapassa um certo limite.

E acho que esse grau já ultrapassou. Chega de passar alunos que não merecem. Assim, nunca vão saber porque devem estudar e comportar-se na sala de aula; se passam sem estudar mesmo, diante de tantas chances, e com indisciplina... E isso é um crime! Vão passando série após série, e não sabem escrever nem fazer contas simples. Depois a sociedade os exclui, porque não passa a mão na cabeça. Ela é cruel e eles já são adultos.

Por que os alunos do Japão estudam? Por que há cronômetros? Os professores são mais capacitados? Talvez, mas o mais importante é porque há disciplina.

E é isso que precisamos e não de cronômetros. Lembrando: o professor estadual só percorre sua íngreme carreira mediante cursos, capacitações que são realizadas, preferencialmente aos sábados. Portanto, a grande maioria dos professores está constantemente estudando e aprimorando-se.

Em vez de cronômetros, precisamos de carteiras escolares, livros, materiais, quadras-esportivas cobertas (um luxo para a grande maioria de nossas escolas), e de lousas, sim, em melhores condições e em maior quantidade.

Existem muitos colégios nesse Brasil afora que nem cadeiras possuem para os alunos sentarem. E é essa a nossa realidade! E, precisamos, também, urgentemente, de educação para que tudo que for fornecido ao aluno não seja destruído por ele mesmo

Em plena era digital, os professores ainda são obrigados a preencher os tais livros de chamada, à mão: sem erros, nem borrões (ô, coisa arcaica!), e ainda assim se ouve falar em cronômetros. Francamente!!! Passou da hora de todos abrirem os olhos e fazerem algo para evitar uma calamidade no país, futuramente. Os professores não são culpados de uma sociedade incivilizada e de banditismo, e finalmente, se os professores até agora não responderam a todas as acusações de serem despreparados e “incapazes” de prender a atenção do aluno com aulas motivadoras é porque não tiveram TEMPO.

Responder a essa reportagem custou-me metade do meu domingo, e duas turmas sem as provas corrigidas.

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sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Ditadura militar: há os que a defendem!

Me dá nojo visitar certos vídeos do youtube! Ontem, ao assistir um vídeo postado no site, do reacionário Luis Carlos Prates, com o título "O Brasil nunca cresceu tanto como na ditadura militar", eu senti mais raiva ainda! Como pessoas instruídas podem aceitar esse tipo de dementia?

Li num jornal semana passada que o Brasil já figura com o 8° lugar nas economias mundiais e o que isso quer dizer? Nada?! Que coisa! Li ontem em outro jornal que o PIB per capita do brasileiro cresceu mais de 20% nos últimos 20 anos (período "democrático") e o que vemos? Mais e mais concentração de renda nas mãos dos poucos de sempre.
A pergunta que não quer calar: será que o Brasil pode voltar a se tornar um ditadura? Será que o povo se calará?
Alguns vão dizer que já vivemos numa ditadura e eu concordari. Uma ditadura da estupidez e perfídia humana! Uma ditadura imposta pela mídia, principalmente a televisiva que transforma a todos em zumbis! Uma ditadura imposta por imbecis telenovelas, sejam juvenis ou "adutas", ditadura das formas impostas pelo cinema hollywoodiano que prega o individualismo exarcebado! Ditadura dos meios de comunicação e banqueiros internacionais.
Não, não vivemos uma ditadura comunista nem socialista. O espírito neoliberal ainda está arraigado com forças em cada um de nós. Sonhos podres consumistas ainda movem muitos moinhos. Porém, a força da direita é espantosa e dirige os cursos mais badalados das universidades, as mesmas que um membro de uma comunidade do orkut me disse que eram dominadas pela esquerda! Risível!!! Reitores e professores dirigindo carros importados são a esquerda?

Revolta-me ver pessoas defendendo a ditadura militar e afirmarem que ela naõ foi tão ruim assim....

Revolta-me ver pessoas dizendo que o comunismo matou milhões de pessoas. Será que estudaram a história para saber que o comunismo nunca existiu? União Soviética comunista? Não me façam rir! O comunismo é o mais próximo do anarquismo que podemos chegar, ou seja, ausência de Estado. Cuba comunista? Só nos olhares de seus críticos capitalistas! Cuba é uma ditadura, muito diferente da liberdade pregada pelo comunismo. Ah, antes que esqueça, não sou marxista, embora goste das ideias de Marx. Mas defender o capitalismo e as ideias insensatas como negar a ditadura militar, aí seria pura hipocrisia mesmo. Ou quem sabe só demagogia.

Como professor aprendi a oferecer aos meus alunos a história como é e como poderia ser. Instigo-lhes o livre pensar e não aceitar facilmente qualquer ideia que seja. Por isso me revolto tanto.
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Eleições 2010

Quero a partir de hoje dedicar algumas de minhas palavras às eleições desse ano. Sei que muitos estão a fazê-lo, mas meu comentário pode ser mais um motivo para refletir sobre tudo que é dito ou não.

E-mails: por que não crer neles?

Simples né: até ano passado eu nem conhecia a tal Dilma, de repente fico sabendo que é ministra e tal, e olha como eu estava informado hein. O que tenho contra ela? Nada, afinal pouco a conheço. Bom, sei que ela estava junto com o pessoal que uma vez sequestrou um avião com um diplomata norteamericano para trocá-lo por seus amigos na cadeia. Época da ditadura militar, a Dilma era jovem. Já gostei por causa disso: armada, sequestrando avião com diplomata yankee. Corajosa para fazer isso frente ao poder anti-democrático daquele momento. Todavia, hoje é apenas um política que segue as regras do jogo. Isso quer dizer que não é preciso os reacionários de sempre temê-la: o PT hoje é igual ao PSDB. E viva o neo-liberalismo! Neo o cacete, é a mesma coisa de sempre...

Sr. Serra: me desculpe, mas não voto no PSDB. Teu amigo tucano já privatizou demais nosso país. E não voto em partido de direita.

Dona Marina Silva: tua história pessoal de vida me comoveu, gostei, embora sejas evangélica. E porquê desse meu preconceito? Sabe, minha irmã também é evangélica e tenho muitos amigos evangélicos. Bom, se não fores intolerante como muitos são, porque dá nos nervos ver aquela mulheres de saias compridas criticando meu cabelo comprido. E, infelizmente, o Brasil ainda é muito católico para aceitar uma evangélica no poder. Mas tens meu apoio, embora ainda não saiba se votarei em ti.

Eymael: tenho que pesquisar mais.

Plínio de Arruda Sampaio: do Psol né? Ouvi coisas, li coisas, todas escritas por pessoas representantes das classes abastadas. Bom, não acredito em rico, sou estudado. rsrs. Tenho que pesquisar mais sobre o senhor.

Zé Maria: já votei em ti outras vezes véio. Vamos ver esse ano. Só uma coisa: não sou comunista nem marxista. Estou mais para o anarquismo.

Acho que esqueci o cara do PCO.

Bom. Pesquiso mais, escrevo após.
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