segunda-feira, 21 de agosto de 2017

Trilha dos Índios Xokleng, Três Barras, Morro Grande, SC


   Esse ano de 2017 tem sido de altos e baixos para mim, dentro e fora da sala de aula. Os momentos bons somam três visitas às furnas dos índios Xokleng em Morro Grande, sul catarinense. Aproveitamos a oportunidade para também visitar a Queda do Risco. No total foram aproximadamente 10 quilômetros de caminhada em ambas as trilhas que são de nível bem leve.

   Você professor ou professora, pode aproveitar esse trajeto facilmente, pois nossos alunos e nossas alunas atualmente estão muito acomodados em seu mundo virtual. Precisamos tirá-los do comodismo e mostrar-lhes que existe um mundo lá fora.

   No dia 17 de maio foi a vez de levar as turmas dos primeiros anos matutinos. Infelizmente, de quatro turmas foi uma briga conseguir 39 alunos e alunas. As desculpas para não participar de nossa saída a campo foram as costumeiras: trabalho, 'família', dinheiro (cobrei 10 reais para o ônibus!).

A primeira foto do dia antes de começarmos nossa caminhada.

E pra começar, atravessar a água pura e gelada ou a ponte de arame, uma novidade para muitos de meus alunos e alunas.
Uma pausa para foto em meio ao bosque de pinus.

Antes do lanche, outra pausa para uma foto contemplando a paisagem magnífica.

Agora já caminhando por dentro das furnas.

E também uma caminhada após o almoço até a Queda do Risco.

Precisa legenda essa foto? A alegria estampada no rosto de saiu da sala de aula!

AH, água...molhamos os pés o dia todo!

E no retorno até um banho!

Em uma água gelada!!!


   Depois fomos com as turmas dos segundos anos matutino e, novamente, de três turmas, apenas 28 alunos/alunas. Dessa vez foi no dia 16 de junho, uma sexta-feira em que a escola emendou o feriado mas eu tive o prazer de ter comigo meu grande professor da faculdade, João Batanolli, que nos deu uma aula dentro das furnas.


Entre as comunidades de Nova Roma e Três Barras: cena bucólica de encantar a alma!

Alunos, alunas, prof. João Batanolli e o motora do busão!

Formação rochosa que só pode ser vista de lá. Ainda quero desbravá-la!

E quem não quer aparecer na foto?

Caminho que inspira...

A famosa Queda do Risco, que estava "cheia" naquele dia.

Todo mundo!

Quase todo mundo...

Água gelada? E daí?



   A outra visita foi no dia 01 de julho, um sábado em que a maioria dos professores se nega a trabalhar, mas lá estava meu colega de escola e amigo, Odair P. Nandi, professor de filosofia e companheiro de trilhas, e os segundos anos noturnos: 28 alunos/alunas. Se havia água no caminho nas outras duas vezes, agora o trajeto se encontrava praticamente seco. Foi um dia frio.


09:00 horas: bora começar!


Já na Queda do Risco.

Grita aí galera!


E porque não? Até trator no caminho!


Esses aí são feras!

Em cima das furnas!


   Bem, isso é um pouquinho do que tivemos nesses três dias. Dá trabalho? Com certeza, porém se não tentarmos algo novo em nossas escolas, como conseguiremos mudar um pedacinho que seja de nossa realidade?


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segunda-feira, 14 de agosto de 2017

AGENDAS VAZIAS



Confesso: agendas vazias me provocam, me atraem, me seduzem. Não consigo passar incólume ao volume insaciável de linhas em branco implorando pelo contato libidinoso da caneta.

É uma oração, um louvor à orgia das letras em ebulição no calor de palavras que brotam espontaneamente de rabiscos de pensamentos absortos e sem nexo na maioria das vezes.

Posso vê-las rodopiando em meus olhos e oferecendo-se voluptuosamente ao abraço da inspiração. Às vezes nego-lhes pedidos, às vezes procuro-as e não as encontro. Mesmo que queira escapar-lhe, é meu dever agraciar tantas linhas com o meu propósito, ainda que sejam débeis suspiros ou ousadas filosofias!

Agendas em branco, agendas de anos pretéritos. Datas já vividas, já esquecidas, já virtualizadas no esmaecer desse século que já deixou de ser novo e repete velhos erros de séculos há muito historicizados. Também essa agenda passará pelo crivo indiferente do tempo, da memória, da virtualização de tudo e, tudo se tornando, nada será.

Agendas, cadernos. Suas espirais me envolvem e me abraçam. Suas capas duramente pensadas e prensadas são o convite perfeito a trilhar suas linhas em branco em qualquer lugar, em qualquer terreno, sentado, deitado, debruçado, estropiado, inspirado ou desligado.

Como espelhos mimetizando a alma enclausurada no corpo, vertem em sangue literário nas linhas dóceis das agendas. Seu vazio infinito é o adubo para outro infinito, o da imaginação!

E assim como ela vem, ela vai. “Easy come, easy go”.

Boa noite inspiração!

Boa noite nova velha agenda de 2012! 
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