quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Tudo ao mesmo tempo... para quem?



A globalização deixou o mundo menor, é o que dizem. Encurtou distâncias e parece que colocou todos no mesmo barco, e será que afundaremos todos juntos? Com tanta tecnologia, com tanta informação voando a milhares de bites por segundo, conseguimos ver os benefícios da globalização chegando para todas as pessoas e lugares?

Quando os europeus iniciaram as grandes navegações o mundo tornou-se maior, afinal, “descobriram” outros continentes e novas riquezas. Com tanta riqueza que acumularam, conseguiram crescer e se desenvolver cada vez mais, principalmente na tecnologia, revolucionando num primeiro momento a produção industrial, depois os transportes. Novos transportes, e mais rápidos, encurtaram espaços que levavam meses para serem vencidos. Hoje aviões ultrarrápidos cruzam o céu levando milhões de pessoas de um país a outro no mesmo dia, e não parou por aí.

Os meios de comunicação acompanharam toda a revolução tecnológica e, se antes tínhamos diferentes povos, etnias, sociedades no mesmo voo ou no mesmo transatlântico, hoje temos programas de tevê que são transmitidos ao vivo para todo o mundo. O ser humano foi mais longe ainda, pois com o advento da revolução digital, bastam alguns cliques, seja num computador ou celular, para “estarmos” em qualquer lugar do mundo. Notícias e informações variadas trafegam na velocidade da luz, juntamente com comportamentos, ideias, cultura. Porém, resta-nos saber: isso é bom apenas? Ou há algo de ruim nisso tudo? Com certeza milhares e milhões são gastos diariamente para o conforto de alguns, mas e a maioria? E aqueles que são contrários a todas essas mudanças rápidas que atropelam quem está à frente?

Podemos elencar muita coisa boa da globalização, mas seus efeitos atingem países diferentes de formas diferentes e não nos cabe julgar o comportamento alheio sem sabê-lo por completo. Talvez o maior malefício da globalização seja essa uniformidade de pensamento que molda as pessoas e esquece-se das regionalidades e peculiaridades de cada lugar. Afinal, nenhum benefício vem sem que alguém tenha perdido algo. Num mundo globalizado as coisas boas voam, as ruins vão de brinde.   
  

Professor Wagner Fonseca, 04/08/15 16:01
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