quinta-feira, 26 de julho de 2012

A “inércia” das palavras



Quando não há o sono, às vezes ha inspiração. E ela vem as 03:00 da manhã de um quinta-feira...
Às vezes, sem querer, magoamos as pessoas com as palavra que “falamos” nas redes sociais. Muitas vezes tenho a nítida sensação de ouvir a voz daqueles que escrevem e isso denota a força das palavras.

Há aqueles que se assustam, se admiram e até mesmo os que se ofendem com o que é dito nesse mundo de faz de conta que é a internet. Imagine o peso de um palavrão, da palavra ‘merda’, por exemplo.

Eu sei que ela pode soar forte, pesada ou simplesmente feia. Alguns se ofendem ao vê-la escrita num post no facebook, porém, quem nunca fez merda na vida? Em todos os sentidos!

Há pessoas que se ofendem com palavras como “gay”, “negro”, ou termos como “igualdade de direito” e “reforma agrária”. Devemos lembrar-nos de pessoas que odeiam palavras como “democracia”, “fé”, “ciência” e uma palavra que muitos odeiam sem saber que a alimentam diariamente: “política”.

Triste ver aqueles que menosprezam palavras como “participação política”, “liberdade de religião” e “cidadania”.

No mundo virtual as palavras tornam-se fonte infindável de discussão e parece que o certo e o errado se fundem numa coisa só.

Gostaria de saber se existe algum lugar onde esteja escrito que é proibido se expressar por meio de um palavrão. Gostaria de dizer também que, assim como alguns odeiam as palavras citadas, há aqueles que lutam por elas. Pelo que significam.

Felizmente, somos em bastante número para dizer o quanto odiamos palavras como “homofobia”, “racismo”, “machismo”, “opressão”, “superioridade”, “medo”, “ditadura”, “intolerância”, entre outras.

Palavras nunca são inertes. Palavras são ideias e ideias movem ações. Se você defende uma palavra, defende também o modo como o mundo vive essa ideia...

26 de julho de 2012, 03:00 da manhã
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