sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Fotos do Pôr-do-Sol entre julho e agosto de 2013

As fotos a seguir foram realizadas nos dias 30 e 31 de julho e 07 e 21 de agosto, daqui de minha casa. Estou sempre curtindo o movimento do Sol no poente para visualizar cores!
O sol escorregando pelo Monte Cerro Negro.

Bem amarelão!

A própria máquina digital dá esse feito se mexer em suas regulagens.


Essas diferentes gradações decores chamamos de crepúsculo.


Aqui foto do dia 31, um dia após e o sol já se põe mais abaixo. Mudando o eixo de rotação da Terra.


Assim como na foto anterior, as  linhas deixadas pelos aviões.

21 de agosto e o sol envolto em nuvens!


Parece um planeta!



Escondendo-se bem longe do Cerro Negro já...

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quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Ser bom, fazer o bem?



Ser bom, fazer o bem? E quem consegue? Conheço poucas pessoas, poucas mesmo, que conseguem ser boas e ao mesmo tempo praticar o bem. Ou seja, são boas de coração, aprenderam a respirar sem preconceitos, aprenderam a olhar com tolerância, aprenderam a caminhar sendo humanas. Falta muito para eu chegar onde chegaram...

São pessoas tão boas que conseguem praticar o bem apenas de estarem ao nosso lado. E nós, bem, alguns de nós conseguem respirar com mais carinho, ouvir com mais coração Ser mais vida e menos destruição apenas estando ao seu lado e ouvindo. Outros de nós ainda não aprenderam, então ficam irrequietos, outros se enchem facilmente porque não concordam com nada do que são.

É difícil ser bom. É preciso a percepção do erro quando se erra, é preciso a percepção da desculpa quando se precisa pedir desculpas. É preciso percepção do perdão quando se precisa perdoar. Estas percepções são caras a todos nós. Somos mesquinhos e arrogantes, egoístas e individualistas. Somos maus. Ao mesmo tempo somos capazes de coisas tão boas que até nos admiramos de nossa capacidade de sermos bons. Então evitamos esta capacidade. Não queremos seguidores, queremos apenas ficar na nossa. Ter seguidores significa ter responsabilidade por cada palavra, cada ato, cada pensamento. 

Quando somos bons descobrimos a hipocrisia dentro de nós e, ao invés de a vermos como um desafio a vencer e nos tornarmos seres melhores, escondemos e renunciamos toda nossa capacidade para o bem. Voltamos a ser seres medianos, com alguns altos e baixos. Não queremos ser exemplos, queremos julgar nossos líderes, é mais fácil. Porque sermos bons se é mais fácil fazer como os outros fazem? Apenas concordar que as boas pessoas nos fazem bem e somos incapazes de ser como elas. Que pena, poderíamos fazer tanto...

Viver com as pessoas me fez pensar estas coisas. Hoje, sou professor e aluno, tenho excelentes professores (digo tenho porque professor é para sempre) e tento inúmeras vezes ser como eles. Preciso ser como eu, na verdade, ser melhor como sou. Talvez nunca consiga e ainda permita que a hipocrisia torne fazer parte em meus pensamentos e palavras.

De qualquer maneira, ser bom não é tarefa fácil. É preciso se desnudar de toda mesquinharia e desesperança. É mais fácil ser mau, em todos os sentidos. Porém, que sentido há em fugir do bem que somos capazes apenas por medo da responsabilidade? E não há responsabilidade em agir pelo mal sem se preocupar?

Creio que cabe aqui, para finalizar esta reflexão (acho que é mais um introspecção mesmo) uma frase de Abraham Lincoln: “Quando pratico o bem, sinto-me bem; quando pratico o mal, sinto-me mal. Eis a minha religião”.

13 de agosto de 2013
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terça-feira, 6 de agosto de 2013

A incrível vontade de debater: as aulas de filosofia e sociologia...





É, no Ensino Médio, lá onde muitos gostariam que essas disciplinas não existissem, afinal, para que iremos querer jovens descobrindo que pensar e refletir sobre o mundo, a sociedade e sobre si mesmos e algo bom?

Ontem, plena segunda-feira de retorno das férias de julho já me deparei com um intenso debate em torno de questões como direitos políticos, cidadania e que tais. A conversa rolou intensa e a turma participou. Os ânimos se acirraram, demonstrando que nossos alunos querem sim ser ouvidos. Não só ouvidos, querem falar, querem se expressar! E por isso nós professores precisamos estar preparados para estes debates e discussões em sala de aula. Afinal, é o local ideal para crescemos em nossas opiniões e elevá-las para além de mero achismo sobre a realidade.

E assim se seguem nossas aulas. Espero que cada um possa participar cada vez mais. O fato de poderem dizer o que pensam, o fato de articularem seus pensamentos já demonstra o “perigo” que são para a nação. Cuidado! O futuro tem cara, voz e vez e cobra o seu espaço!

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quinta-feira, 1 de agosto de 2013

O que é ser um professor ACT?





Grupo de alunos de 2010
ACT: Admitido em Caráter Temporário. O professor eternamente temporário em sala de aula. Estou nesta empreitada há dez anos juntamente com inúmeros colegas e amigos. A cada ano uma nova disputa, uma nova prova (desde 2009) e infinitos desassossegos. Na verdade, muitas decepções...

Alguns colegas estão nesta empreitada há mais tempo que eu, doze, quinze, dezessete anos. Outros se efetivaram rapidamente, após uns cinco anos “apenas”. Muitos colegas professores passam um ano em uma escola e outro ano em outra escola, conhecendo assim toda a região. Uns poucos, como eu, têm a sorte de ficar numa mesma escola por anos. No meu caso, fiquei sete anos na mesma escola, um pouco de sorte, é verdade, mas mérito próprio também. Uns conseguiram vagas por “baixo dos panos”, mas foram denunciados. Culpados? Quem não erra? A perfeição está longe de nós, muito distante. 

Ser professor ACT é, muitas vezes, reconstruir-se diariamente. Hoje você está nesta escola, amanhã estará na outra, ou em nenhuma. Não há estabilidade para nós professores ACT’s. A qualquer momento podemos perder nossa vaga e salário. Iniciar um projeto este ano? Como, se não sei nem se poderei dar continuidade? E os alunos? Sempre nos comparando, e com a devida razão. Cada professor e professora são diferentes, seja no seu jeito de ser, seja no seu modo de lecionar ou mesmo no arcabouço teórico que carrega consigo. 

Como ACT’s criamos milhares de laços em cada ano, porém, nem todos esses laços se mantêm, o que é algo normal também. Muitos de nós desenvolvemos novas metodologias, novas avaliações, novas percepções sobre si mesmo e sobre os outros, principalmente sobre os alunos e os colegas professores efetivos. Aliás, ser ACT exige de cada um de nós um compromisso muito maior do que aquilo que nos é ensinado na academia. A teoria pode ser boa, forte, mas é na prática que nos constituímos enquanto sujeitos de uma realidade nada estática. 

Sinceramente? Ouço muitos colegas dizerem que adoram ser ACT’s e, não nego, também o digo. Não paramos no tempo, não podemos parar. Não podemos nos permitir sermos professores medíocres ou insuficientes perante nossos alunos. Eles recordarão de nós, de nossas falas, de nossos gestos. Precisamos nos policiar sempre, pois, por mais que sejamos os melhores professores em suas vidas, com certeza uma marca ruim pode ficar mais tempo em suas memórias. Não estamos em sala de aula para agradar ninguém, entretanto, devemos ser sempre melhores que no dia anterior. 

Como professor ACT aprendi a rever meus conceitos diariamente. Sei que muitos colegas não se identificam mais com a profissão, ACT’s e efetivos. A estes digo-lhes, com toda sinceridade, ou procurem ajuda, ou procurem outra profissão. Não há outra saída. Ser professor é algo que não nos tornará ricos e por isso mesmo nos propusemos a ser professores: porque a riqueza não nos atrai. Se assim o fosse, teríamos cursado outra faculdade, e não licenciatura. Nossa profissão é uma batalha diária, inglória na maioria das vezes, todavia os bons momentos suplantam qualquer decepção. O que não quer dizer que devemos nos rebaixar ou deixar de lutar por nossos direitos e uma educação de qualidade para todos os envolvidos no processo.

Eu já quis desistir algumas vezes, hoje não quero mais. Sei que onde estou é o lugar em que posso fazer a diferença. Há pessoas em todos os lugares lutando por um mundo melhor e ajudando as outras pessoas. É isso que nós fazemos em sala de aula: lutar por um futuro digno de verdade. Erramos? Sim! E muitas vezes erramos conscientemente. Somos seres humanos, passíveis de qualquer erro, ou de qualquer virtude. Somos professores. Um dia, no passado, não existimos. Um dia no futuro, ainda precisarão de nós.

Wagner Fonseca, 01 de agosto de 2013.  
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