sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Dois copos de vinho


Não quero falar da dor que me corrói
Mas devo ouvir as doces frases da morte
A mágoa benfazeja em seu beneplácito
tateia na escuridão
Há uma dor apenas,
enclausurada no escopo enigmático de ser
Caminhando entre a luz inebriante do nada
encontro o pútrido sentimento da amor

Cousa louca, vida sem eira,
perdida à margem de precipício algum
Vermes riem, eu não choro,
porque meus olhos já vêem mais
Sou um espelho, uma janela-espelho,
Fitando meu ser e pedindo meu nada,
Amálgama de alguma coisa insensata

Meu céu, teu paraíso,
destruído e escondido,
Jamais procurado.
23 de julho 2007
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

Nenhum comentário:

Postar um comentário