sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Morto ao amanhecer


Estava eu perdido em algum lugar estranho e diferente de tudo o que estou acostumado a ver, um lugar escuro e muito parecido com uma usina abandonada. A única luz que havia era da lua entrando pelas vidraças do alto desse lugar. Tentei me levantar mas não consegui.

Olhei minhas pernas e, então, abismado, percebi que estavam sujas de sangue, mas não era o meu. Não havia sinal de alguma lesão.

Ao perceber a situação em que me encontrava senti medo como nunca e um leve arrepio me subiu e gelou minha espinha! Tentei manter a calma, senti algo tocar minha face, algo que escorreu sobre minha testa. Ao tocar percebi que era sangue!

Decidi olhar para cima e fiquei chocado! Havia um corpo pendurado por ganchos que pareciam rasgar a carcaça morta e fétida. O medo me deu forças para levantar e correr procurando por uma saída daquele lugar, mas não encontrei. Quando me dei conta estava no mesmo lugar de partida.

Depois de um certo tempo o medo cedeu lugar ao desespero e nesse exato momento tive a sensação de que não estava sozinho naquele lugar. Enquanto o desespero tomava conta de meu corpo, escutava ruídos de algum ser estranho que parecia se aproximar de mim. Pude ver a horrenda criatura arrastando suas mãos enormes e gemendo, com o seu corpo todo deformado. Seu rosto estava todo cortado.

Nesse mesmo instante minhas pernas paralisaram de medo e então o estranho som de sirene anunciava o nascer do sol que fez aquela estranha criatura se desfazer em minha frente e me levou a acordar em meu quarto deitado em minha cama...

Alan da Silva Menezes – Novembro de 2007

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