quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Cidade e Meio Ambiente




Às vezes me deparo com um comercial na tevê em que uma árvore caminha pelas calçadas da cidade em busca de abrigo. O comercial versa sobre a proteção das árvores, que elas estão mais protegidas na cidade do que na floresta, seu habitat ‘natural’. Assim mesmo, entre aspas, pois o mundo foi em grande parte floresta.

Estamos em época de ‘caça aos votos’ e tanto hoje quanto em outras eleições vemos pouca ou quase nenhuma preocupação com questões ambientais. Isso se deve em parte também à percepção que temos do que seja o meio ambiente. E a culpa recairá outra vez na educação, mas desta vez não me dirijo à educação escolar de maneira exclusiva. Até porque educação não é sinônimo único de escola.

O meio ambiente não é apenas um lugar bonito com cachoeiras, flores e árvores onde pássaros cantam. O meio ambiente inicia-se, antes de tudo, dentro de nós, nas nossas ideias, pensamentos, concepções e em nossas atitudes conosco mesmos e com os outros. A mídia televisiva recentemente tem veiculado uma matéria sobre cidades inteligentes, todavia caberia discutir-se também cidadãos ‘inteligentes’, ou seja, discutirmos nosso papel como seres integrados nessa realidade que nos completa.


Eu ando por Forquilhinha, Criciúma, Meleiro, enfim, e o que vejo muito me preocupa, principalmente aqui em minha terra. Loteamentos surgindo aos montes e onde antes víamos algum resquício de verde agora vemos apenas estradas planejadas para novos moradores. Nesse ano tenho visto animais silvestres aqui nas proximidades que há tempos não se viam. Seu habitat está sumindo. O pouco que resta de verde estamos desmatando para dar lugar a residências onde o verde sequer é cotado. Uma rua normal, uma calçada apertada, um muro e casa. Bem caberia entre a rua a calçada um, duas e mais árvores. O problema é que os lotes diminuiriam e aí não haveria lucro. O deus lucro, assim como o deus progresso não podem ser tocados...


A questão é: nossos futuros legisladores que postulam seus cargos diretivos no pleito de 2016 estão preocupados e preparados para a problemática ambiental que se desenvolve ao nosso redor? Como ficará o mal cheiro em Forquilhinha? E o rio Mãe Luzia? E o esquecido rio Sangão? E as minas de carvão? Alguns enriqueceram e foram embora e agora, quem pagará o pato?  
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