terça-feira, 28 de julho de 2009

Desemprego, Depressão, Desânimo...

Fiquei desempregado de 8 de maio até o final de junho....e como consequência, quase pirei geral...Minha agenda está cheia de palavras tortas...mas vou expor aqui alguma coisa que escrevi...

"Linhas vazias
mente cheia
cheia de vazios
sonhos mortos
sonhos irrealizáveis
sonhos são coisas sem valor
Mas como viver sem sonhar?
Como viver sem sonhar?
Como viver sem sonhar?!
Meu coraçao dói e eu não suporto mais!
Tanta decepção, tanta contrariedade, tanta ilusão
desespero
vou jogar tudo nessas linhas
A data não importa, são sentimentos antigos que me acompanham
são sementes malvadas que ganharm forças com a morte dos meus sonhos
Meus sonhos apodreceram,
eu não amadureci
Passei de adolescente a velho decrépito
minhas forças esvaem-se e minha inspiração é sufocada pelo vazio
Eu queria acreditar que é obm sonhar, mas não consigo
eu ouço as notas musicais e sinto mais dor
Imagens não me comovem
penso se sou o pássaro que se acostumou à gaiola
ou se sou a grande montanha diluída pela força da erosão
Tudo de bom em mim parece que sucumbiu a indiferença
Não restou nada do jovem dos retratos, se nao restou, o que sou?
Ninguém. Nada
Não causo mais alegrias a ninguém e começo a perder meu amor próprio.
Será esse meu fim?
Amargurar-me por décadas em falsas felicidades embebidas em algumas vezes pelo carinho do álcool?
Quero escrever, mas minha mão dói
a poesia foge de mim
a música morreu em mim
o sonhos selou seu fim
o que devo fazer?
E além de tudo, não consigo por pra fora essa dor, esse sufoco.
me dói mais ainda ver essas páginas em branco
minha vida está repleta por essas páginas em branco
onde estão minhas ideias?
Meus atos, minhas ações, meus desejos malvados
e sentimentos que aparecem sem ser convidados!
Paixão, amor, raiva
desprezo, angústia,
vazio e paixão
e cores desbotadas
e sorrisos amarelos
Eu me cansei dos meus velhos discos
ainda ouço velhas canções, mas dia-após-dia descubro novas e tristes melodias
que me preenchem comc erta alegria - deve ser harmonia
Não,
não gosto desse barulho escroto acéfalo da tevê
odeio essa demagogia hipócrita
odeio essas risadas supérfluas
Não sei mais o que fazer com tantos gigas de informação
Eu, que tive uma infância feliz e uma adolescência tão normal
porque eu mereço passar por tudo isso?
Seria mais feliz se fosse ignorante?
Eu não sei...
O que sei é que não tenho mais com quem conversar.
Prefiro e preciso destas linhas vazias e seu consolo
as páginas em branco são carinhosas e benfeitoras
exprimem uma sensação harmônica de completude
as linhas me permitem alçar um voo mais seguro,
pode não ser calmo todas as vezes
Grande coisa,
as linhas também aceitam tumultos
Muitos ofendem as linhas
porém, elas resistem
esses espaços vazios são fortes
por mais que tentem tirar o aconchego das linhas
elas continuam incólumes
Ninguém pode roubar o seu perdão
Das linhas só podemos aceitar seu carinho benfeitor
O laço apertado da croda despreende-se facilmente do pescoço
quando as linhas se oferecem
Punhos não são cerrados
pulsos são mantidos quentes e vivos
e corações não param de pulsar
linhas vazias quee vocam
dor e compaixão
mas que trazem rimas coloridas de meios tons apaixonados
Eu, deitado, me absorvo no frescor dessas linhas
Elas não me julgam pelo meu erro de atropelá-las
Elas me permitem fingir alegrias
Afugentam lágrimas doces e devaneios de morte
de morte
é noite e estou carregado e essas linhas aceitam esse desabafo
Monólogo de carestia,
Miséria de difamações funestas
as linhas aceitam
as linhas amam
Páginas vazias me seduzindo
como musas esperançosas de meu olhar
de minhas palavras
Palavras curvas no equilíbrio destas páginas
me absorvo em aceitação
suplico absolvição
E sinto compreensão
e sint gratidão
As linhas me absolveram
As linhas me libertam
Não posso prometer-lhes nada
Mas posso agir com cautela
e parar um pouco
um pouco
pouco
quase nada
mais...

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