segunda-feira, 7 de maio de 2012

Estiagem no Sul catarinense

Estava ouvindo num telejornal daqui da regão e ouvi dizerem que desde 1961 não havia um período tão irregular de chuvas como agora. Bem, se atentarmos mais precisamente, perceberemos que 2012 não foi até agora um ano de chuvas mesmo. E começa a ficar difícil.

Ouvi de minha esposa agora a pouco que na casa de minha sogra os três poços estão secos. Água só para alimentação. Ela é moradora do "Cedrinho", em Meleiro, cidade aqui próxima e que também sofre com a estiagem.

É de lá, Meleiro, que tirei a foto abaixo, do Rio Manoel Alves. Por aí já de sentir o clima. Então, porque não analisá-la mais atentamente?
Comunidade de Limeira, Morro do Cristo. Registrei essa imagem em 06 de abril de 2012.
Pela imagem vemos que a mata ciliar, aquela que deveria aconchegar as margens dos rios, noc aso específico, quase inexiste. Em alguns pontos do rio percebemos que a lavoura de arroz estende-se mesmo até as margens do rio. Um absurdo completo. E se observarmos a região Sul catarinense pelo software Google Earth veremos que a mata, floresta, bosques estão ilhados entre as lavouras. Há seca? Estiagem? Mas como poderia ser diferente se aqui, tanto quanto no resto do Brasil e do mundo o que vemos é cada vez mais a redução da mata nativa, ou mesmo secundária, para a ampliação da área destinada a agricultura e pecuária?

Nosso rios estão sendo sufocados e a Natureza nos responde nos sufocando também. Vozes ecoam pelo bem do planeta, da agicultura familiar, de toda a população. Mas então desmata-se até o limite dos rios. Consequências? Erosão maior a cada nova enchente. Agrotóxicos despejados nos rios e riachos, sangas, nas zonas rurais; lixo industrial e residencial nas zonas urbanas. 

Até quando?
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